SÃO PAULO (blergh) – Depois de tanta onda, o GP da Hungria foi uma marolinha sem graça. O script ideal teria mais drama. Alonso se recusando a largar, ou anunciando antes da prova que iria abandonar a carreira. Hamilton admitindo que xingou Ron Dennis e que a criatura engoliu o criador. Ou Hamilton parado na largada, esperando Alonso passar, e os dois se abraçando, às lágrimas, no fim da corrida. E Massa babando lá de trás, passando todo mundo, para conquistar um pódio improvável. E Vettel nos pontos logo na estréia…
Mas não aconteceu nada disso, porque a decisão dos comissários na noite de sábado, de tirar Alonso da pole, tirou também do público a chance de assistir a uma boa corrida. Hamilton desfilou sem ser incomodado, exceto nas últimas voltas, e mais nada.
Como de costume aos domingos de GP, pitaquinhos:
– Comemoração contida da McLaren, que nem pôde mandar representante ao pódio. Impressão minha ou não tinha muita gente na mureta a vibrar à passagem de Hamilton na bandeirada?
– Pódio merecido para o sempre bom Heidfeld (exceto em Nürburgring, onde estava doidão), com três paradas e tudo.
– Corrida medonha de Felipe, que não foi capaz de empreender nenhum tipo de recuperação. OK, a pista é difícil de passar, etc. e tal. Mas ficar onde largou, com uma Ferrari, é muito menos do que se espera de alguém que pretende ser campeão. Massa, ao contrário do que se imaginou depois de Barcelona, ainda é um piloto muito inconstante.
– E a Honda? Barrichello não conseguia passar a Spyker…
– Ralf fez sua melhor prova no ano, Rosberguinho finalmente pontuou, Kovalainen chegou de novo na frente de Fisichella… Foram alguns dos pequenos destaques de um domingo chato na pista.
– Alonso e Hamilton merecerão post à parte.