MONTEVIDÉU (para voltar) – É apenas uma viagem-relâmpago, mas como sempre adoro as primeiras impressões de países onde nunca estive antes. E é incrível viver 43 anos no Brasil e só no 43º se dar o trabalho de pingar no Uruguai. Tão perto, tão belo, tão cheio de história, e a gente vive escolhendo outros destinos. Tão distantes, tão sem-graça, tão artificiais.
Estou há poucas horas em Montevidéu. O suficiente para ficar encantado com sua Rambla, a via que margeia o rio da Prata. Para se encantar com seus predinhos, com sua arquitetura que passeia por várias escolas e várias épocas, sua gente sorridente, seus bairros chiques, suas ruas de terra, suas calçadas limpas, seus ônibus antigos, seu orgulho platino, seus carros velhos que fazem deste país de 3 milhões de habitantes e 30 milhões de cabeças de gado um pedacinho do mundo incompreensível para quem se acostumou com mega isso, hiper aquilo.
Quanto menor, melhor.
Legal o Uruguai. Demorei muito para vir. Virei muito mais. Mas ainda não acabou.
Hora de dormir, escutando o vento que vem do Pólo Sul.