Blog do Flavio Gomes
Sem categoria

Onde está o Fissore?

66 74 79 78 (vai esquentar) – Pela foto, parece Joinville, ou Blumenau. Ou ainda Canela, Gramado. Que nada. É Alemanha, mesmo. Em 1964, a “Quatro Rodas” embarcou um Fissore para a Europa. E pelo Velho Continente o carro mais raro que o Lamborghini Murquipélago rodou mais de dez mil quilômetros, chamando a atenção de […]

66 74 79 78 (vai esquentar) – Pela foto, parece Joinville, ou Blumenau. Ou ainda Canela, Gramado.

Que nada. É Alemanha, mesmo. Em 1964, a “Quatro Rodas” embarcou um Fissore para a Europa. E pelo Velho Continente o carro mais raro que o Lamborghini Murquipélago rodou mais de dez mil quilômetros, chamando a atenção de todos por onde passava.

Quem mandou o recorte e o trechinho da reportagem abaixo foi Celso Santoro, primo do Rodrigo Santoro, notável vemagueiro.

“O guarda de trânsito em Munique, depois de examinar vagarosamente o único automóvel brasileiro que ele vira em sua vida, perguntou sorrindo, meio gaiato: ‘É verdade mesmo que no Rio de Janeiro tem um aviador que esvazia os pneus dos carros? E que vem uma criançada atrás dele com bomba de ar e com tabela de preços para encher novamente o pneu?’ Não pudemos desmenti-lo, o guardinha intrigou-se muito, bradou um ‘mas como isso é possível?’, fomos dizendo que tudo no Brasil era possível, e tocamos viagem, porque isso de gente nos parar na rua, para perguntar sobre o carro e sobre o Brasil foi constante nos meses em que Quatro Rodas cruzou estradas da Europa, rodando com chapa amarela, para preparar seus três primeiros roteiros turísticos do Velho Mundo.

“A curiosidade das pessoas à nossa passagem era chamada primeiro por um pequeno detalhe: a placa. Depois se voltava para o carro todo, um Fissore tinindo de novo, que rasgou quase dez mil quilômetros de solo europeu com marca registrada: era o único carro na Europa com placa amarela e só com números, ao contrário dos de lá, com chapa branca, números e letras.

“A pergunta mais ouvida foi essa: ‘O que, mas o Brasil já faz carro assim?'”

Notaram o texto primoroso? Eu notei.