CÓRDOBA (ufa) – Buenas, macacada. Demorei, mas apareci. E daqui a pouco tenho de acordar, porque sinto-me um verdadeiro iniciante, cheio de ansiedade, em minha primeira cobertura de Mundial de Rali. É que este mundo é completamente diferente de tudo que já vi ao vivo, e às 6h já estaremos de pé para seguir até o credenciamento e, depois, para acompanhar os primeiros treinos chamados de “shakedown”. O rali, para valer, só começa na sexta.
Quem já acompanhou provas do WRC conta maravilhas, e são muitos detalhes com os quais preciso me familiarizar: especiais, shakedown, deslocamentos, postos de controle e de serviço, categorias mil, poeira, muita poeira. E depois festa, muita festa, do público e da turma que faz efetivamente a competição. Sem nenhum traço da frescura que tomou conta da F-1, pelo que me disseram.
Até agora, na verdade, não vi muita coisa. A viagem até Córdoba, cidade de 1,3 milhão de habitantes, a segunda maior da Argentina, começou em casa às 10h e terminou no modesto aeroporto daqui às 21h, depois de uma escala em Buenos Aires. Mas, ao chegar, notei que a cidade respira a prova, com cartazes, outdoors, placas, faixas e neguinho de boné da Subaru pra lá, da Citroën pra cá, da Ford pra acolá. Os caras aqui torcem mesmo. Vibram pelas marcas, pelos pilotos, pelos carros. Acho que vou gostar da bagaça.
Estou, junto com um grupo de jornalistas, viajando a convite da Pirelli, fornecedora única dos pneus do WRC. É uma turma muito divertida, comandada pela doce assessora de imprensa Ana Carolina, e nos próximos dias vou tentar dividir com a blogaiada nossas aventuras.
Aventuras que começaram à mesa, agora há pouco. Jantei carne de lhama. Com molho de frutas vermelhas e vegetais andinos.
Pobre lhamazinha… Mas é gostoso. Melhor que canguru.
