Blog do Flavio Gomes
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ladaland (quinta)

SÃO PAULO (parada dura) – Recebo mensagem do Alto, relatando curioso embate divino no qual prefiro não me meter. Kamarada Gomes, dias difíceis, difíceis! Na condição de responsável pelo envio sazonal do sedã branco aí pra baixo, sou obrigado, às vezes, a entrar num debate ecumênico sem fim. Vocês todos sabem que o sedã branco […]

SÃO PAULO (parada dura) – Recebo mensagem do Alto, relatando curioso embate divino no qual prefiro não me meter.

Kamarada Gomes, dias difíceis, difíceis! Na condição de responsável pelo envio sazonal do sedã branco aí pra baixo, sou obrigado, às vezes, a entrar num debate ecumênico sem fim. Vocês todos sabem que o sedã branco é implacável e infalível, ou pelo menos devia ser assim. Esta mensagem será breve, porque daqui a pouco teremos uma reunião para discutir a questão. Ocorre que estava prevista para esta semana uma visita do automóvel a determinada rua de bairro chique de sua cidade, e para tanto lavamos, polimos e passamos pneu pretinho no dito cujo, que deve estar sempre bem apresentado. Ao chegar na referida via urbana, o carro simplesmente fez meia-volta e retornou ao destino com seus bancos vazios. Consideramos o fato intrigante e recorremos à câmera de vídeo que todo sedã branco carrega para registrar suas viagens, idéia que implantei depois de ver estas imagens do carro de László Szabó em ação, o maior piloto de rali de todos os tempos. A câmera gravou esta estranha coleção de figuras santas, profanas e do candomblé no painel de veículo semelhante, uma salada ecumênica que, segundo nossos estudos, simplesmente anula as ações do sedã branco. Você poderia nos ajudar a identificar o proprietário para que possamos ter uma conversinha com ele? Agradecido, Leandrov Alfonsov.

Se eu encontrar o cara, compro o carro e paro na porta de casa.