PEQUIM (continuo na mesma) – Desleixo dos organizadores ou erro do staff técnico da Fabiana Murer? O grande drama brasileiro destes Jogos, meio bizarro, até, segue sendo um mistério. Afinal de contas, quem deveria tomar conta da vara?
O que se sabe até agora é que a vara que ela usaria para os saltos de 4,55 m e 4,65 m não estava no Ninho na hora em que deveria estar. Foi levada de volta a um depósito da Vila Olímpica junto com as varas das atletas que não passaram à final.
Quem deveria checar se ela estava lá, no local da competição, no dia seguinte? Não sei. O técnico Elson de Souza disse, na entrevista que ouvi na ESPN Brasil, que era obrigação “dos organizadores”. Outras varas foram levadas para o estádio no dia da final. Todas as outras atletas tinham suas varas no lugar, menos Fabiana. Não estou insinuando nada, nem tentando achar um culpado. Apenas acho que a situação foi mal conduzida na pista. Aqueles momentos em que Fabiana ficou procurando a vara, agoniada, acabaram com qualquer possibilidade de se concentrar para a prova.
Fabiana não parou a prova, assim como o estudante não impediu o massacre que o governo chinês não gosta que seja lembrado. Mas dizem que o rapaz ainda está vivo, ninguém sabe seu paradeiro, e Fabiana segue vivíssima, com uma carreira inteira pela frente.
Agora, que a história da vara é misteriosa, isso é.