Blog do Flavio Gomes
Kart

FESTA PARA O MANECO

SÃO PAULO (merecem isso e mais um pouco) – Estou gostando de ver essa crescente onda de homenagens à pilotaiada das antigas. Muitos de nossos heróis têm recebido festivas lembranças, seja com livros, exposições de fotos, páginas na internet, blogs, reportagens, colunas, restaurações de carros famosos e encontros de várias naturezas. Sábado foi a vez […]

SÃO PAULO (merecem isso e mais um pouco) – Estou gostando de ver essa crescente onda de homenagens à pilotaiada das antigas. Muitos de nossos heróis têm recebido festivas lembranças, seja com livros, exposições de fotos, páginas na internet, blogs, reportagens, colunas, restaurações de carros famosos e encontros de várias naturezas.

Sábado foi a vez de Maneco Combacau, no kartódromo da Granja Viana. O blogueiro Zé Clemente foi um dos organizadores da reunião que juntou muita gente para abraçar esse pioneiro do kartismo brasileiro (na foto de Claudio Reis, do PlanetKart, Maneco ao lado de Anísio Campos).

Reproduzo parte do texto que o Zé Clemente fez e espalhou em cartazes pelo kartódromo:

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Em agosto de 1960, o Brasil deu um passo imprescindível para uma trajetória vitoriosa nas pistas internacionais, nos anos que se seguiram. No bairro do Jardim Marajoara, na zona sul de São Paulo, foi realizada a primeira corrida de karts do país. Devido ao número de inscritos, a prova se deu em quatro etapas. Havia oito karts e uma fila de inscritos.

A organização estava por conta de Eloy Gogliano. Wilson Fittipaldi, o Barão, registrou em gravador para a Rádio Panamericana os acontecimentos do dia. Maneco Combacau venceu uma das eliminatórias e chegou em terceiro, na final, bem perto do filho do Barão, o Wilson Fittipaldi Jr.

Começou neste dia uma das mais longas trajetórias na pilotagem de karts. Foram 25 anos em que Maneco colecionou vitórias, disputas homéricas em mundiais de kart, ótimas lembranças e muitos amigos. Não é exagero afirmar que Maneco semeou um caminho na pilotagem de karts que foi seguido por muitos outros, inclusive nossos campeões de F-1. Por simpatia, Ayrton Senna chamava Maneco de “Professor”.

Fora as suas evidentes habilidades de pilotagem, ficou marcado pelo seu espírito brincalhão. Entre outras brincadeiras, a mais conhecida era puxar, com a ponta da sapatilha, o cabo de vela do kart à frente. Já se deduz daí que os pés do piloto, na época, eram um autêntico parachoque por estarem situados na linha mais avançada do chassi.

Parabéns Maneco, por tudo o que você significa como kartista e pela incrível pessoa que é.

Cotia, 31 de Janeiro de 2009.