Blog do Flavio Gomes
Stock Car

O CIRCO

SÃO PAULO (lindo, o sol) – Alguém tinha alguma dúvida de que seria uma droga? Pois a corrida da Estoque em Ribeirão foi pior que isso. Não teve regras. Foi uma zona. E Cacá Bueno, com quem tanta gente antipatiza só porque é filho do Galvão, lascou a lenha para cima da CBA e da […]

SÃO PAULO (lindo, o sol) – Alguém tinha alguma dúvida de que seria uma droga? Pois a corrida da Estoque em Ribeirão foi pior que isso. Não teve regras. Foi uma zona. E Cacá Bueno, com quem tanta gente antipatiza só porque é filho do Galvão, lascou a lenha para cima da CBA e da organização de uma categoria realmente circense em todos os aspectos.

O depoimento acima foi dado ao Bruno Vicária, do site Tazio. É forte e coerente. Os caras fazem uma pista que de pista nada tem, inventam regras na hora, institucionalizam a bagunça. Não levam o automobilismo a sério, em resumo. Fazem dessa categoria uma brincadeira para agradar marqueteiros e patrocinadores. Os primeiros enganam os mecenas, e fica tudo por isso mesmo. E esquecem, como diz Cacá, que tem gente que vive disso, e leva a coisa com profissionalismo.

A CBA, que inexistia sob o comando de Paulo Scaglione, continua sendo um nada ao quadrado na gestão de Clayton Pinteiro. Que, como bem lembra Rodrigo Mattar em seu blog, estava passeando em Indianápolis na semana passada enquanto começava no Rio o Racing Festival, com uma categoria-escola, uma de motos e outra de Turismo, o Trofeo Linea. Evento que a CBA tinha a obrigação de ver de perto, observar, compreender, fomentar.

Átila Abreu ganhou a prova de rua ribeirão-pretana. Como se imaginava, ninguém passou ninguém. O acidente da largada, com Burti, Campos e mais quatro, teve cara de pastelão, mas foi o menor dos problemas. Em circuitos de rua, isso acontece, mesmo. O traçado beira o rídículo, como o de Salvador. Para carros desse tamanho, lamento, nem projetista de pista de autorama faria pior.

A sensação que se tem é que ninguém na Vicar ou na CBA entende de corridas. Pensam nas placas de publicidade, nos HCs e ficam rezando para a Globo lhes dar umas migalhas no “Esporte Espetacular”. Para, na segunda-feira, vibrar sobre os “relatórios de retorno” que a turma da Vila Olímpia apresenta aos tontos que financiam essa coisa. Entre os tontos, o governo federal através da Caixa, um banco estatal que poderia gastar seu (nosso) dinheiro com algo bem mais útil.

Vai mal, o automobilismo brasileiro. Muito mal.