SÃO PAULO (merecido) – Foi muito boa a decisão da Estoque hoje em Curitiba. A chuva (que a TV demorou para perceber que estava caindo…) bagunçou a corrida toda, teve batida de todo jeito, rodadas, cagadas, o título nas mãos dos quatro candidatos em vários momentos da prova… Legal mesmo. Chuva é chuva. E, no fim, Max Wilson levou. Um piloto, diga-se, muito bom na água. No ITC em Interlagos, de Alfa, mostrou isso a quem ainda não o conhecia, na época. Foi em 1996, se não me engano.
Mas apesar de toda a habilidade no molhado, hoje Max não enxergava um palmo na frente do nariz. Foi uma agonia para ele — e certamente para outros — não ter visibilidade alguma. Esses carros são muito mal construídos, não é possível. Mas essa é outra questão. Max é um campeão legítimo, rapaz que camelou muito na carreira, viveu anos na Austrália, longe da mídia e dos holofotes brasilianos, e na volta ao país chega a um título importante.
A Estoque, agora, precisa, para usar um termo da moda, se reinventar. O campeonato teve muita confusão, regulamento falho, problemas mil. As equipes estão sem grana, houve muitas reclamações, tapetão em excesso, um retrato do automobilismo brasileiro. Ficou claro hoje que o bom das corridas são as… corridas, e não esse ar corporativo que as competições estão assumindo há anos.
Parabéns ao Max, ótimo sujeito, grande piloto. Os outros que brigaram pela taça até o fim também merecem aplausos. Foi uma bela final.
