Blog do Flavio Gomes
Dica do dia

DICA DO DIA

SÃO PAULO (o Tohmé vai ficar doido) – Reproduzo na íntegra as explicações de quem mandou o vídeo, o sempre presente Denisson de Angelis. Segue um video sensacional de 1962 da fabricação dos lendários Matchbox. Eu que sempre trabalhei na indústria, desde meus 12 anos, assistindo ao filmete vejo o quanto a indústria mecânica/metalúrgica evoluiu […]

SÃO PAULO (o Tohmé vai ficar doido) – Reproduzo na íntegra as explicações de quem mandou o vídeo, o sempre presente Denisson de Angelis.

Segue um video sensacional de 1962 da fabricação dos lendários Matchbox. Eu que sempre trabalhei na indústria, desde meus 12 anos, assistindo ao filmete vejo o quanto a indústria mecânica/metalúrgica evoluiu mundo afora. Era tudo produzido artesanalmente, até mesmo nos EUA. Para se modelar uma peça, neste caso as miniaturas, eram usados pantógrafos (o embrião da impressora 3D, porém o pantógrafo retira material, enquanto a impressora deposita) que o pantografista “copiava” através de um modelo normalmente usado em madeira como protótipo, para dar forma ao ferramental de produção em escala. Já a injeção de zamak (material utilizado até hoje na fabricação de diversos componentes automotivos, por ser leve e ter resistência mecânica próxima ao alumínio) era precária. O funcionário captava o zamak em estado líquido em um cadinho (recipiente que se assemelha a uma panela), cuja temperatura tange os 450 graus Celsius, correndo o risco iminente de queimaduras gravíssimas, para em seguida inserir o material ainda líquido numa injetora (neste caso, que formava as miniaturas no ferramental com o formato de cada modelo de carrinho). Para se ter noção, uma injetora de zamak utiliza um cilindro hidráulico (muito parecido com um amortecedor de automóvel), para se comprimir o metal líquido em alta temperatura. Era comum o entupimento das passagens de injeção, causando explosões, mutilando, matando, enfim, um horror. Equipamento de proteção individual como óculos de segurança, luvas, protetores auriculares, nada disso! Pensar em algo assim nos dias de hoje seria uma loucura, até mesmo aqui no Brasil.

Legal a descrição, para compreender melhor o vídeo. Ainda tenho um ou outro Matchbox, mas me arrependo de não ter guardado nenhuma caixinha. Notei muitas mulheres na fábrica. A pintura manual também me chamou a atenção. Resumindo, é o tipo de coisa que nos faz ver esses carrinhos com outros olhos. Alguém aqui guardou os seus?