Goulart de Andrade mostrou por décadas, nas madrugadas da TV brasileira, como era o Brasil. Inovou na linguagem e na forma. Criou um único bordão, “vem comigo”, que talvez seja o melhor e mais direto de todos. Porque nas madrugadas solitárias diante da TV, íamos com ele aonde ele fosse, ao submundo, à desgraça, ao luxo, à miséria, ao universo dos heróis anônimos e ocultos que nunca tiveram voz, ou rosto.
Goulart de Andrade morreu hoje aos 83 anos. Desta vez não vamos com ele, mas até nisso seu bordão era genial. Porque no fim iremos todos.