Blog do Flavio Gomes
Automobilismo brasileiro

ELEIÇÕES NA CBA

SÃO PAULO (zzz) – Amanhã será eleito o novo presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo. De um lado, o candidato da situação, apoiado pelo atual presidente Cleyton Pinteiro, de Pernambuco. Seu nome: Waldner “Dadai” Bernardo, 41 anos, do mesmo Estado. Muito prazer. Do outro, o candidato da oposição, Milton Sperafico, 58 anos, do Paraná. Muito […]

SÃO PAULO (zzz) – Amanhã será eleito o novo presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo. De um lado, o candidato da situação, apoiado pelo atual presidente Cleyton Pinteiro, de Pernambuco. Seu nome: Waldner “Dadai” Bernardo, 41 anos, do mesmo Estado. Muito prazer. Do outro, o candidato da oposição, Milton Sperafico, 58 anos, do Paraná. Muito prazer.

São 20 votos válidos: 19 de federações estaduais e um da ABPA, a Associação Brasileira de Pilotos de Automobilismo, capitaneada por Felipe Giaffone. A Federação Gaúcha tentou impugnar o voto da ABPA e perdeu na Justiça. Não sei bem em quem os gaúchos votam. Aparentemente, na oposição. Nem os pilotos da ABPA. Aparentemente, na situação. O que seria inexplicável. Mas pode ser o contrário. Não importa.

[bannergoogle]O colégio eleitoral no caso da CBA é ridículo. A maioria das federações não comanda atividade esportiva nenhuma, seja por falta de autódromos em seus Estados, seja por falta de pilotos. Algumas nem sede têm — no máximo, um logotipo e um número de telefone. O problema é que elas têm o mesmo peso na eleição que federações onde existe automobilismo de verdade — como São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Claro que é um formato medieval para se eleger um presidente, modelo que muitos esportes no Brasil ainda praticam. O ideal seria que todos os envolvidos numa modalidade pudessem votar — dirigentes, praticantes, técnicos, se bobear até torcedores. No caso do automobilismo, creio que pilotos, chefes de equipe, mecânicos, enfim, todos que vivem do ofício deveriam ter direito a voto — mediante, claro, algum tipo de cadastro ou filiação.

A eleição acontece na sede da CBA, no Rio. Estou torcendo por Sperafico, embora não o conheça, por razões óbvias: o automobilismo no Brasil está uma merda, e se a situação vender, acredito que vai continuar igual. Não há nada que credencie a atual gestão a permanecer no comando. Sperafico, teoricamente, conhece melhor o meio — é fruto dele, e não alguém que caiu de paraquedas.

Mas, sendo sincero, não me empolgo mais com nada no que diz respeito a dirigentes esportivos no Brasil. Espero, apenas, que o vencedor faça alguma coisa que preste. E parece que vai ganhar o tal de Dadai, mesmo.