Blog do Flavio Gomes
Gira mondo

Reflita sobre as fitas refletivas

SÃO PAULO (hoje tem kart na Aldeia) – Deu na “Gazeta do Povo” de Curitiba, notícia velha, do ano passado, mas só agora me mandaram. Leiam: Carros de passeio, ônibus, microônibus, utilitários e até tratores poderão ser obrigados a ter na carroceria faixas refletivas. Este dispositivo reflete a luz tornando o veículo mais visível durante […]

SÃO PAULO (hoje tem kart na Aldeia) – Deu na “Gazeta do Povo” de Curitiba, notícia velha, do ano passado, mas só agora me mandaram. Leiam:

Carros de passeio, ônibus, microônibus, utilitários e até tratores poderão ser obrigados a ter na carroceria faixas refletivas. Este dispositivo reflete a luz tornando o veículo mais visível durante a noite, em dias de chuva ou na neblina.

É o que prevê o projeto de lei (PL) 5449/2005 do deputado federal Max Rosenmann (PMDB-PR), em tramitação na Câmara dos Deputados. Vale lembrar que, desde 2003, todos os caminhões que circulam no país são obrigados a trazer este dispositivo. O projeto ainda está em análise na Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal, que designou como relator da matéria o deputado federal Ary Kara (PTB-SP). Ainda não há data para a votação do PL 5449.

A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) apóia o uso da faixa refletiva em veículos comerciais leves e reboques como picapes acima de uma tonelada, vans e furgões, mas pede uma análise mais profunda para o uso em automóveis e picapes leves. “As novas regras teriam que ser acomodadas ao designer dos carros fabricados no Brasil, mas não sabemos como os consumidores de outros países reagiriam. É possível que as montadoras fossem obrigadas a ter designers diferentes para o produto vendido no Brasil e o exportado. Isso geraria um encarecimento nos projetos. No caso dos importados, o dilema seria ainda maior, pois as fábricas teriam que decidir se valeria à pena ter um modelo atendendo à exigência brasileira ou se fariam a adaptação aqui mesmo. De qualquer forma, seria um custo a mais para o consumidor”, pondera Marco Antonio Saltini, presidente da AEA.

Bem, somos mesmo um país inusitado. Como está cheio de pangaré dirigindo por aí com lâmpadas queimadas, ou lanternas traseiras em curto, ou sem luz de freio, e nossos policiais deixam todo mundo rodar de qualquer jeito, vem o nobre deputado sugerir que, na prática, troquemos lâmpadas queimadas por fitas refletivas. Dá para acreditar?

É claro que se tornarem isso obrigatório jamais vou colocar em carro algum meu um olho de gato ambulante. Se já não conseguem fiscalizar carro sem lanterna, imaginem se vão conseguir fazer algum tipo de fiscalização para fitas refletivas iguais a essa da foto abaixo.

Vale lembrar que todo carro, hoje em dia e já faz muito tempo, tem na lanterna traseira uma área refletiva embutida. Quem não tem é que está errado.

Nosso glorioso Rosenmann também pretende acabar com os testes da OAB (as faculdades de direito que pululam por aí devem adorá-lo) e quer que 26 de outubro seja o Dia Nacional do Tropeiro. E, justiça seja feita, tem um projeto que até me interessa, o que faculta aos proprietários de carros de coleção escolherem letras e números das placas. Legal isso, eu nunca consegui DKW para nenhum DKW meu. Mas vivo bastante bem sem tal mimo.

Bem, se quiserem conhecer nosso querido deputado a fundo, e dizer a ele o que acham de suas fitas refletivas, entrem no site do próprio.