Blog do Flavio Gomes
Gomes

Era do rádio

SÃO PAULO (alguém conhece um bom site de rádios antigos?) – Sou um cara que adora rádio. Ouço rádio o dia todo, tenho rádio no chuveiro e na pia do banheiro, trabalhei em rádio. Foram oito anos na Pan, mais quatro na Bandeirantes, fora os dois na Cultura e na Rádio USP. Tenho recebido alguns […]

SÃO PAULO (alguém conhece um bom site de rádios antigos?) – Sou um cara que adora rádio. Ouço rádio o dia todo, tenho rádio no chuveiro e na pia do banheiro, trabalhei em rádio. Foram oito anos na Pan, mais quatro na Bandeirantes, fora os dois na Cultura e na Rádio USP.

Tenho recebido alguns e-mails sobre meu desaparecimento do ar, já que de 2002 a 2005 cobri F-1 para a Bandeirantes. Encaminho todas as perguntas à ombudsman da emissora, que atende pelo site da própria. Faço isso não como forma de pressão ou por achar que com um monte de gente escrevendo alguém vai se sensibilizar e me chamar de volta, e voltarei nos braços do povo.

Bobagem. Faço isso apenas porque como a Bandeirantes tem essa instituição, a ombudsman — que todo veículo de comunicação deveria ter —, creio ser ela a pessoa mais indicada pra dar aos ouvintes satisfações sobre o que a emissora coloca e tira do ar.

Do meu ponto de vista, lamentei a saída, porque adoro fazer rádio, gosto da Bandeirantes, deixei ótimos companheiros e me dou bem com todos eles, especialmente a dupla dinâmica com quem dividia as transmissões das corridas.

Minha saída não é das mais emocionantes, por isso não vou entrar em detalhes. Não tem nada a ver com os grandes casos da imprensa brasileira, principalmente porque não tenho peso algum para virar “case” midiático. Foi uma questão comercial, apenas, envolvendo também a empresa responsável pelas transmissões da F-1 na Bandeirantes.

Por isso, tenho pouco mais a dizer à minha meia-dúzia de ouvintes, exceto que pretendo voltar a fazer rádio, seja na Bandeirantes, seja em outra emissora, porque é um meio que curto demais. Aos saudosos de minha voz de taquara rachada, tenho feito participações no “Lance! no Ar”, um programa de rádio que o diário mantém em sua página na internet. Faço comentários em geral nas semanas de corrida.

Além do mais, vou ver semana que vem esse negócio de “podcast” aqui no blog para não deixar a latinha enferrujar. E enquanto isso continuo ouvindo tudo no meu Mitsubishi com capinha de couro igual a esse aí da foto, companheiro diário de fortunas e infortúnios, que comprei por 50 mangos numa feirinha de antiguidades e funciona muito bem com quatro pilhas pequenas.