Mais um vídeo legal — e oficial — da Fórmula 1, com os dez melhores rádios do ano. Se sumir, é só clicar na bagaça para ver direto no YouTube. Alexandre Neves mandou.
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DICA DO DIA
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DICA DO DIA
SÃO PAULO (falem mesmo) – Não dá para negar que desde que a F-1 passou a selecionar algumas comunicações de rádio entre pilotos e equipes para colocar no ar durante as transmissões, ainda que com algum atraso, as corridas ficaram mais divertidas. Não fosse isso, ontem não teríamos tido a chance de ouvir Vettel xingando o mundo depois que Verstappen cortou caminho pela grama.
Vitor Fazio, no GRANDE PREMIUM, fez uma compilação de algumas das mais legais trocas de impressões radiofônicas dos últimos anos. A melhor de todas, sem dúvida, é a famosa “leave me alone, I know what I’m doing” de Raikkonen no GP de Abu Dhabi de 2012.
Mas teve muito mais, claro, como o “Fernando is faster than you” e os vários “fucking” que a pilotaiada solta cada vez que é contrariada na pista.
Ouçam todas, vale a pena.
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UFA DE NOVO!
SÃO PAULO (alvíssaras de novo!) – E até que enfim acabaram com essa babaquice/burrice/estupidez de restringir as comunicações de rádio. Ou tem, ou não tem. Simples. Tendo, é preciso permitir que seja usado. Para o que for. Até ordens de equipe ridículas, se for o caso.
Enfim, antes tarde do que nunca. Mas Rosberg pode ficar bem puto com essa história. Na Inglaterra, ele perdeu uma posição por conta de punição aplicada após a equipe orientá-lo sobre um problema no câmbio. O prejuízo foi grande. Pode significar o título, num Mundial tão apertado.
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MENOS RÁDIO
SÃO PAULO (olá) – A FIA está baixando o cacete nas regras para 2016, e as equipes têm cada vez menos tempo para entender tudo. A última é restringir as comunicações de rádio.
Acho que a coisa está deslizando perigosamente para minúcias difíceis de controlar. Tem rádio? Libera tudo. Ou, então, proíbe o rádio de vez. É o que penso.
Mas faz algum sentido, quando se proíbem instruções de dirigibilidade — é o que acha Toto Wolff. O piloto que se vire para ajeitar as coisas no cockpit. Pelo menos esse é o espírito da lei.
O que não se pode negar é que estão se mexendo.
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PODE E NÃO PODE
Aparentemente, a Ferrari já contratou especialista em mensagens codificadas para a nova “era do rádio” da F-1
SÃO PAULO (vai ser uma zona…) – O GP de Cingapura, neste fim de semana, corre o (bom) risco de ser uma deliciosa bagunça. A determinação da FIA para que apenas amenidades sejam tratadas pelo rádio (como “o que você vai querer jantar hoje, Nico?”, ou “Felipe, o Felipinho pediu para você não esquecer de comprar o PS4”) pode levar alguns pilotos à loucura. Como eles farão para dirigir sozinhos essas trapizongas tão complicadas?
Eu acho ótimo que a comunicação de rádio seja limitada, como já escrevi outras vezes. Por mim, seriam proibidas. Placas, apenas. E pronto. Isso simplificaria as corridas e os carros (que são excessivamente sofisticados) e deixaria para a sensibilidade do piloto, e não para a capacidade de interpretação de dados de um engenheiro, a tarefa de extrair deles o melhor possível em quase duas horas de prova.
Não sei, porém, se a FIA vai conseguir monitorar tudo. Ainda é meio nebuloso o que pode e o que não pode. Segundo a BBC, a FIA mandou às equipes hoje uma lista do que pode e do que não pode ser dito pelo rádio. A princípio, é o seguinte:
PODE
…informar ao piloto seu tempo de volta e detalhes de tempo em cada setor.
…informar qual o tempo de volta que outro piloto está virando.
…informar a diferença de tempo para um adversário.
…falar “acelera!” e informar com quem o cara está disputando posição.
…avisar sobre furo no pneu.
…informar qual pneu será usado no próximo pit stop.
…informar o número de voltas que um adversário já fez com determinado jogo de pneus e qual composto está usando.
…passar informação sobre algum problema com o carro de um adversário.
…passar informações sobre o safety-car.
…comentar irregularidades cometidas por um adversário.
…combinar regulagens de asa para o próximo pit stop.
…passar informações sobre as condições climáticas e de pista.
…passar informações sobre danos ao carro ou necessidade de abandonar a corrida.
…informar as voltas que faltam para o fim da corrida e dar ordens de equipe.NÃO PODE
…dizer ao piloto onde ele está ganhando ou perdendo tempo em cada setor.
…orientar sobre ajustes na unidade motriz ou de câmbio.
…passar informações sobre consumo de combustível.
…orientar o piloto sobre ajustes de embreagem, inclusive no procedimento de largada.
…orientar o piloto sobre ajustes de balanço de freio.
…responder a perguntas diretas dos pilotos.
…passar informações sobre pressão de pneus.
…orientar o piloto sobre o uso dos sistemas de acumulação de energia dos motores auxiliares.
…qualquer mensagem que pareça codificada.Confuso, não? Os responsáveis pelo monitoramento das conversas de rádio vão enlouquecer. Terão todos eles os mesmos critérios? Haverá um tribunal de penas rápidas para casos de desrespeito às determinações? E se o engenheiro de Rosberguinho sugerir para o jantar “a truta, em vez da tilápia”, será que não estará mandando o rapaz jogar mais freio na frente do que atrás?
Olha, vai ser divertido…
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SILÊNCIO NO RÁDIO
SÃO PAULO (quero só ver) – A FIA resolveu jogar duro com as equipes no que se refere às comunicações de rádio. Nenhum tipo de instrução que ajude na performance será permitida.
OK. Mas é muito vago. O que poderá ser dito, afinal? Chamar para trocar pneus? Trocar pneus na hora certa ajuda na performance e na velocidade. Pode avisar que o freio está com algum problema de temperatura, por exemplo? Também ajuda. Avisar que está perdendo tempo numa curva ou outra não pode? Nem passar informações sobre o desempenho de outros pilotos, se o cara está chegando, se vai fazer a ultrapassagem, se dá para segurar?
Ou seja, o cara vai ter de guiar o carro sozinho, o que é muito positivo — e previsto pelo regulamento, diga-se. Parece que é isso. Não pode mais nada, exceto… Exceto o quê?
É tudo muito confuso. O melhor seria proibir o rádio e pronto. Ou então determinar com muita especificidade o que pode ser dito nessa comunicação box-piloto a partir de agora.
Isso aí pode dar confusão. Mas se a FIA for mais clara no que quer, é capaz de ser algo muito legal.
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DICA DO DIA
SÃO PAULO (lost) – Um monte de gente me mandou isso, e eu tinha visto na semana passada. Trata-se de uma misteriosa estação de rádio soviética que há décadas transmite um sinal monótono e indecifrável. De vez em quando surgem umas vozes dizendo coisas desconexas em russo. Legiões de ouvintes pelo mundo ficam ligados nela o tempo todo, à espera de alguma mensagem. A história toda está aqui. Para ouvir, é só clicar no vídeo abaixo. Dá um certo medão…
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RADIO GA GA
Comentários (27)SÃO PAULO (sintonizado está) – O dia não é dos mais felizes, mas a vida segue, não? Bom, semana retrasada o pessoal do site Bastidores do Rádio esteve aqui no escritório para fazer uma entrevista comigo. Talvez porque eu tenho muito tempo de rádio, sei lá. A entrevista está aqui. Erraram o mês que eu nasci, foi em julho, mas já vão corrigir. O texto é praticamente integral, transcrição pura e simples, daí uma ou outra frase que fica meio sem fim, ou começo. É um jeito legal, no entanto, de se publicar uma entrevista. Sem cortes ou maquiagem. Talvez algumas pessoas fiquem chateadas com algumas coisas que digo, porque eu ando meio bocudo, ultimamente. Paciência. That’s me, como diria o outro.
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DICA DO DIA
NATAL (a ponta é meio negra…) – Vejam que bárbaro o anúncio da Bosch, de 1976. Adoro os nomes dos rádios, algo que a Bosch sempre prezou nos produtos para o mercado brasileiro. Meu fetiche da juventude, já contei aqui, era o toca-fitas Rio de Janeiro, com dial digital. Me roubaram dois… Hoje tenho um no meu Gol GT. Até que combina…
É algo que caiu em desuso, creio, esse negócio de batizar rádios. Ainda mais com nomes tão brasileiros como Abaeté, Jatobá e Iguatemi. Hoje é tudo com letras e números.
Quem mandou a imagem foi o blogueiro Rafael Bruno Pinto, que tem, ele mesmo, uma ótima página sobre propagandas antigas. Dada a dica!
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Era do rádio
SÃO PAULO (alguém conhece um bom site de rádios antigos?) – Sou um cara que adora rádio. Ouço rádio o dia todo, tenho rádio no chuveiro e na pia do banheiro, trabalhei em rádio. Foram oito anos na Pan, mais quatro na Bandeirantes, fora os dois na Cultura e na Rádio USP.
Tenho recebido alguns e-mails sobre meu desaparecimento do ar, já que de 2002 a 2005 cobri F-1 para a Bandeirantes. Encaminho todas as perguntas à ombudsman da emissora, que atende pelo site da própria. Faço isso não como forma de pressão ou por achar que com um monte de gente escrevendo alguém vai se sensibilizar e me chamar de volta, e voltarei nos braços do povo.
Bobagem. Faço isso apenas porque como a Bandeirantes tem essa instituição, a ombudsman que todo veículo de comunicação deveria ter , creio ser ela a pessoa mais indicada pra dar aos ouvintes satisfações sobre o que a emissora coloca e tira do ar.
Do meu ponto de vista, lamentei a saída, porque adoro fazer rádio, gosto da Bandeirantes, deixei ótimos companheiros e me dou bem com todos eles, especialmente a dupla dinâmica com quem dividia as transmissões das corridas.
Minha saída não é das mais emocionantes, por isso não vou entrar em detalhes. Não tem nada a ver com os grandes casos da imprensa brasileira, principalmente porque não tenho peso algum para virar “case” midiático. Foi uma questão comercial, apenas, envolvendo também a empresa responsável pelas transmissões da F-1 na Bandeirantes.
Por isso, tenho pouco mais a dizer à minha meia-dúzia de ouvintes, exceto que pretendo voltar a fazer rádio, seja na Bandeirantes, seja em outra emissora, porque é um meio que curto demais. Aos saudosos de minha voz de taquara rachada, tenho feito participações no “Lance! no Ar”, um programa de rádio que o diário mantém em sua página na internet. Faço comentários em geral nas semanas de corrida.
Além do mais, vou ver semana que vem esse negócio de “podcast” aqui no blog para não deixar a latinha enferrujar. E enquanto isso continuo ouvindo tudo no meu Mitsubishi com capinha de couro igual a esse aí da foto, companheiro diário de fortunas e infortúnios, que comprei por 50 mangos numa feirinha de antiguidades e funciona muito bem com quatro pilhas pequenas.
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VONTADE DE VOMITAR
SÃO PAULO (até que uma cervejinha, neste sol…) – Antes de começar a responder os e-mails, não poderia deixar de registrar algo que me causou engulhos hoje. Voltando do Guarujá, onde passei o dia ontem depois do gélido périplo por Madonna di Campiglio, escutava o rádio. AM, que é o que mais gosto, embora esteja cada vez pior, e em extinção.
E eis que entra no ar um comercial do Engov. Engov a quem muitas vezes na vida já agradeci efusivamente aos céus por ter sido inventado, etc. Acho que todo mundo já fez isso.
A voz é de algum artista, creio que Edson Cellulari. Um reclame politicamente correto, dizendo às pessoas para não encherem a cara e saírem dirigindo por aí depois de um baile de Carnaval. Lá pelas tantas, a conclusão: “Carnaval com bebida e direção só dão confusão”.
Fico pensando. Esse texto foi escrito por alguém, um redator de agência de publicidade que estudou, foi à escola, à universidade. Tem um bom emprego e deve ganhar bem. A agência deve ter cobrado uma nota do laboratório pelo anúncio. Publicidade é um negócio caro.
O texto foi escrito depois de horas de reflexão, provavelmente mostrado a um colega, depois submetido ao diretor de criação da agência, que consultou seus pares, que prepararam uma apresentação, que a agência mandou a um estúdio, que contratou o ator, que leu o texto várias vezes até ficar bom, que foi escutado pelo operador de áudio e pelos que dirigiram o comercial, que foi mostrado ao laboratório, que o aprovou, e que foi ao ar.
No mínimo umas 30 pessoas tiveram contato com essa brilhante peça publicitária antes que ela chegasse aos meus ouvidos e eu tivesse vontade de vomitar.
Como é que pode ninguém ter percebido o que estava sendo lido? “Carnaval com bebida e direção…”, hum…, pensou o redator. “São dois elementos, bebida e direção, isso aí é plural, com certeza.” Claro. Por isso, “dão confusão”.
É como dizer: carro com roda e pneu novo andam mais gostoso. Ou: mulher com peito e bunda são uma delícia. Ou ainda: avião com asa e turbina não caem.
Vivemos num país de analfabetos. A gente sabe disso todo dia na TV depois de comerciais de remédios: “ao persistirem os sintomas…”. Ao persistirem? Que tal “se persistirem”? Ou “persistindo”, já que todo mundo adora um gerúndio? (Se bem que brasileiro gosta mesmo é de gerúndio composto, essa praga. “Eu vou estar ligando para o senhor mais tarde”, sempre me dizem essas meninas que ligam aqui para vender celular, e eu respondo que “não vou estar atendendo à senhora”.)
Fica o registro. Se algum infeliz leitor deste blog for publicitário, e souber qual é a genial agência que bolou esse texto maravilhoso do Engov, procure um amigo lá. Diga que conhece um cara que quase vomitou no carro quando ouviu essa pérola: Carnaval com bebida e direção dão confusão.
“Dão” é enjôo, isso sim. Ainda bem que existe Engov.
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