Blog do Flavio Gomes
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Jacarepaguá: com a palavra, Sidney Cardoso

SÃO PAULO (quem sabe faz a hora) – Nem preciso dizer que é uma honra ter entre os leitores deste modesto bloguinho Sidney Cardoso, que dispensa maiores apresentações (se forem necessárias, os Matuzas fazem as honras da casa). Sidney me mandou um relato com as fotos que seguem, que merece ser publicado na íntegra. Diz […]

SÃO PAULO (quem sabe faz a hora) – Nem preciso dizer que é uma honra ter entre os leitores deste modesto bloguinho Sidney Cardoso, que dispensa maiores apresentações (se forem necessárias, os Matuzas fazem as honras da casa).

Sidney me mandou um relato com as fotos que seguem, que merece ser publicado na íntegra. Diz respeito ao que acontece hoje com Jacarepaguá.

Caro Flavio Gomes, tenho freqüentado bastante seu Blig do Gomes e de tanto gostar, acho que fiquei viciado. Na época que corria, dois picaretas planejavam fechar o Autódromo do Rio e fazer um loteamento ali. Resumindo, o Autódromo iria fechar de vez.

Eu e uns outros pilotos nos mobilizamos convocamos a imprensa que, por sinal, nos deu a maior força. Marcamos uma data de comum acordo com a imprensa especializada e fizemos uma passeata pelas ruas do Rio com os carros de corrida em protesto, levando prospectos que explicavam a situação e distribuondo para a população.

Esta passeata motorizada teve bastante repercussão. Vários programas de TV, como Grand Prix, da TV Tupi, Carro É Notícia, da TV Rio, etc., ficaram por meses falando do assunto e protestando contra o fechamento do Autódromo do Rio.

Os jornais, em suas colunas especializadas em automobilismo, fizeram o mesmo e conseguimos reverter a situação que parecia perdida.

Hoje, estou vendo a situação em relação ao Autódromo do Rio se repetir e, o que é pior, os pilotos atuais – assim como os jogadores da seleção brasileira de futebol – estão num marasmo de fazer inveja aos monges contemplativos.

Por isso, estou enviando as fotos de nossa carreata que deu certo, para ver se você as publica no intuito deles se motivarem a fazer o mesmo.

Só espero que não venham com desculpas esfarrapadas falar que os carros de antigamente poderiam andar na rua e os de hoje não. Porque isto não é verdade, pois eu mesmo tirei o motor Porsche do meu Karman-Ghia, coloquei um de fusca 1.200 cc e levantei a suspensão para poder participar.

Em suma, como diz um velho ditado, “Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa”.

Assim como a conhecida história do beija-flor, estou fazendo a minha parte, espero que eles façam a deles.

Para fechar, justiça seja feita a pelo menos um batalhador da causa Jacarepaguá, o André Buriti, que tem se virado como dá para tentar monitorar a situação e mobilizar a pequena comunidade automobilística do Rio.

Fica, de qualquer forma, o registro do exemplo de décadas atrás.