Blog do Flavio Gomes
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Seis Horas em cinco fotos

SÃO PAULO (e colorido!) – Raríssimas são as fotos de corridas dos anos 60 em cores, e graças a um amigo de Don Ceregattone por ele levado a Interlagos sábado, o Américo Vespúcio Neto, algumas pingaram na minha caixa postal. Conta Américo que ao chegar do autódromo encontrou-se com outro cabra, contou o que viu, […]

SÃO PAULO (e colorido!) – Raríssimas são as fotos de corridas dos anos 60 em cores, e graças a um amigo de Don Ceregattone por ele levado a Interlagos sábado, o Américo Vespúcio Neto, algumas pingaram na minha caixa postal. Conta Américo que ao chegar do autódromo encontrou-se com outro cabra, contou o que viu, e o sujeito sacou de um exemplar de “Fatos&Fotos” com a cobertura das Seis Horas de Interlagos de 1967.

No grid, cerca de 20 carros, que é o que temos hoje na Superlassic. Com boa variedade: Willys Interlagos, Belcar, DKW Mickey Mouse, Alfa Giulia, Alfa GTA, Simca, mais de uma carretera, Gordini, Karmann-Ghia.

Gosto muito da “F&F”, por seus textos curtos e diretos e pelas fotos rasgadas. Bela cobertura, texto correto, jornalismo muito moderno para aquela época (ainda seria hoje).

Ótima referência visual para quem quiser fazer réplicas de alguns carros, como esse Karmann-Ghia Porsche lindo dos irmãos Fittipaldi (que venceram a corrida, incrível, apesar da presença de alguns DKWs no grid).

Patrocínio da Bardahl, marca que acompanhou Emerson ao longo de sua carreira e que ainda hoje tem presença nos autódromos com sua inconfundível bandeirinha quadriculada sobre fundo amarelo e preto.

Há até foto noturna do trabalho de box, o Luiz Pereira Bueno ao lado da #46 da Willys, mais a Alfa de Ciro Cayres na pista (em que ponto, Matuzas?).

Falando nos Matuzas, é bem possível que alguns deles que frequentam este caótico blog tenham estado nessas Seis Horas de 1967. Eu mesmo pode ser que tenha ido. Diz uma lenda caseira que fui atropelado em Interlagos por um Gordini quando tinha três anos, portanto em 1967, e que tiveram de parar a corrida para a ambulância atravessar a pista e me levar para o hospital. Quase morri, tomei dez pontos na cabeça. O cara do Gordini estava trafegando naquela área junto às arquibancadas, onde o pessoal parava seus carros para ver as corridas, escapei das mãos do meu avô e o sujeito passou por cima do loirinho aqui.

Sobrevivi.

Houve vários duelos na prova, um deles entre a GTA de Zambello e Lolli e o Alpine, ou Willys, ou Mark, sei lá como “os outros” chamavam nossos adversários. Na foto acima, o cara perseguindo a Alfa é nosso querido Bird Clemente, que, me confidenciou um blogueiro sábado, ficou espantado com o estilo “de um DKWzinho branco número 96” e teria dito que “esse menino poderia ser meu parceiro em algumas corridas longas que eu teria ganhado”.

Pelo que entendi lendo a matéria da “F&F”, a largada das Seis Horas foi lançada, depois de uma voltas com a Galoxona de pace-car. Até nisso a Superclassic está parecida, em algumas corridas temos um Galaxie de pace-car, mas nunca vejo direito de quem é nem como é, porque sempre largo lá atrás (para dar chance aos outros).