SÃO PAULO (é alto, aqui) – Pela primeira vez na história, a TAM passou a Varig no ranking de viagens ao exterior. No mercado doméstico, a Varig perde para TAM, Gol e BRA. Tá murchando, tadinha…
E falando em avião, bombas líquidas é o que nos apresentam agora. Bagagem de mão? Esquece? Garrafinha d’água? esquece. Acho até que demorou. Existem explosivos plásticos, também. O homem vive inventando maneiras de se explodir. Sugestão: os criadores dessas massinhas e aguinhas têm de experimentar as bagaças. Engolir e acionar. Se funcionarem, beleza. Vão para os ares junto com suas criações.
Falando em explodir, desarmaram uma granada na entrada do túnel da 9 de julho. Estamos chegando lá. Que Beirute, que nada…
A propósito, o teatrinho da segurança de SP está divertidíssimo. O histérico secretário da Segurança soltou rojões ao entregar 433 carros outro dia, e ainda mandou os policias estacionarem de forma a montar o mapa do Estado. Enquanto isso, o pau comendo lá fora. E nos pátios da PM, mais de 300 carros parados por falta de peças e combustível. E o cara quer que o governo federal vá mandando dinheiro sem que o Estado apresente um plano de ação.
Como eu digo, assim até eu.
Já o prefeito com nome de casa de esfiha quer chipar todos os carros da cidade. Chipar, verbo oriundo do termo chip. Que até outro dia era batata-frita, hoje é outra coisa.
Estréia no Frei Caneca Unibanco e no jardim Sul, ambas salas de SP, “O Sol – Caminhando Contra o Vento”, um documentário sobre o “Sol”, um jornal alternativo que durou pouco no Rio, de setembro de 67 a janeiro de 68. Entre os depoimentos, um de Chico Buarque do qual a “Folha” reproduz hoje um trecho, que faço questão de repetir. “O golpe foi um choque. No dia seguinte, falou-se numa reação. Como eu bebia muito, fiquei encarregado de arrumar garrafa para fazer bomba molotov. Quer dizer, ia ser reação armada. Enchi a garagem da casa do meu pai de garrafa. Ninguém nunca foi buscar. Aí acabou.”
Doce inocência, doces anos, depois estragaram tudo. Acho que nasci no ano em que começaram a estragar o Brasil.
Um moleque de 16 anos suicidou-se em Porto Alegre em 26 de julho, leio nos pasquins. O moleque transmitiu seu suicídio pela internet, através de seu blog. Internautas auxiliaram na transmissão, e a Polícia Federal só soube do caso porque uma menina de Toronto visitou o site e descobriu, avisou a polícia canadense, etc.
Os detalhes não importam. O moleque se matou e um monte de gente viu pela internet.
Está todo mundo ficando louco.