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Acabou

SÃO PAULO (motorzinho, hein?) – Alonso acabou com a brincadeira em Suzuka. Apenas um milagre dá o título a Schumacher em Interlagos: uma vitória, e zero ponto para Fernandinho. A corrida japonesa estava nas mãos do alemão quando seu motor quebrou, a 16 voltas do final. E a vitória caiu no colo de Alonso. Um […]

SÃO PAULO (motorzinho, hein?) – Alonso acabou com a brincadeira em Suzuka. Apenas um milagre dá o título a Schumacher em Interlagos: uma vitória, e zero ponto para Fernandinho.

A corrida japonesa estava nas mãos do alemão quando seu motor quebrou, a 16 voltas do final. E a vitória caiu no colo de Alonso. Um oitavo lugar no Brasil basta ao espanhol, mesmo se Michael vencer.

Será merecido o bi? Sem dúvida. Como merecido seria o octocampeonato de Schumacher. Suzuka acabou deixando no ar uma sensação de anticlímax. Porque esvaziou a decisão de Interlagos e enterrou o caráter épico que teria uma última conquista do maior piloto de todos os tempos.

Além do mais, foi um GP chato de doer. Muito diferente da farra do ano passado, quando Schumacher, Alonso e Raikkonen, sem responsabilidade nenhuma, fizeram uma prova divertidíssima.

Pouco a dizer dos brasileiros. Massa teve problema num pneu traseiro no início, antecipou sua parada, voltou atrás de Heidfeld, perdeu a posição para Alonso e não teve mais como lutar. Barrichello precisou trocar o bico na segunda volta e ficou para trás.

Suzuka se despede da F-1 com uma corrida que não fez jus à sua história. Claro que para Alonso isso não tem a menor importância. O asturiano ficou feliz de verdade com o resultado, que tirou de suas costas o peso da perda possível de um título que, no meio do ano, parecia fácil.

Se eu acredito num milagre “schumaco-ferrarista” em Interlagos? Sinceramente, não. Assim, sugiro aos “alonsistas” que comemorem à vontade. Afinal, o espanholzinho pode ser marrento, mas é bom pra cacete.

Uma última palavrinha sobre Schumacher. Ao voltar para os boxes ele cumprimentou mecânico por mecânico. Com a expressão serena e um sorriso tímido. Dizendo a todos que ninguém tinha culpa de nada.

Esse cara é um esportista de primeira.