Blog do Flavio Gomes
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Clap, clap, clap

SÃO PAULO (aproveitem enquanto tem) – Dá gosto ver algumas corridas. Essa da China foi uma delas. Verdade que começou meio morna, apesar da pista molhada (e ausência de chuva). Lá na frente, Alonso disparou com Fisichella na escolta fazendo bem seu trabalho, segurando Raikkonen do jeito que dava. Schumacher, um pouco mais atrás, exercia […]

SÃO PAULO (aproveitem enquanto tem) – Dá gosto ver algumas corridas. Essa da China foi uma delas.

Verdade que começou meio morna, apesar da pista molhada (e ausência de chuva). Lá na frente, Alonso disparou com Fisichella na escolta fazendo bem seu trabalho, segurando Raikkonen do jeito que dava. Schumacher, um pouco mais atrás, exercia toda sua capacidade de ser paciente para sair de sexto no grid até entrar na zona de pódio.

Era corrida para o espanhol. Até a primeira parada, quando inexplicavelmente bobeou. Um monte de gente já tinha parado antes sem trocar os pneus. Intermediário velho era a escolha certa. A Renault trocou os de Alonso. E seu rendimento despencou. Tinha mais de 25s para o alemão antes da bateria de pit stops. De repente, a diferença desapareceu.

Fisichella fez o que pôde para segurar Michael (jogo de equipe, como se vê, não é privilégio da Ferrari). Até que, sem outra opção, passou por Fernandinho e assumiu a liderança. Fernandinho que foi de uma lisura admirável quando Schumacher fez o mesmo para buscar sua vitória.

Depois, na segunda troca, o show. Pneus secos para todos, Fisico lidera, Schumacher troca primeiro, faz uma “outlap” esplêndida, Fisico nos boxes na volta seguinte, sai na frente, o alemão vem com pneus aquecidos, põe duas rodas na grama, leva a ponta, leva a taça, leva a liderança do campeonato.

Fisichella ainda abriria para Alonso assumir o segundo lugar. E no pelotão seguinte emoção até o fim, Button magnífico, Barrichello valente, Heidfeld um infeliz.

Schumacher, 91 vitórias, lidera o Mundial pela primeira vez desde o encerramento da temporada de 2004. Jejum de 35 corridas. Empate nos pontos, vantagem do ferrarista no número de vitórias. E uma vibração juvenil até chegar no pódio que faz a gente lamentar a decisão de parar. A gente que gosta de automobilismo, bem-entendido. Não de escutar musiquinha.

Aproveitem para ver um piloto com P maiúsculo, fariseus. Porque em Interlagos acaba.