Blog do Flavio Gomes
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Gomes no Salão (1)

SÃO PAULO (começando do começo) – De volta ao velho teclado, acho que hoje vou dedicar meus posts (posts?) ao périplo pelo Salão do Automóvel. Afinal, foram tantas emoções. Como já é sabido, cheguei cedo, pouco antes de abrirem os portões monumentais. Sábia e feliz decisão, porque quando fui embora aquilo estava um inferno. Entrei […]

SÃO PAULO (começando do começo) – De volta ao velho teclado, acho que hoje vou dedicar meus posts (posts?) ao périplo pelo Salão do Automóvel. Afinal, foram tantas emoções.

Como já é sabido, cheguei cedo, pouco antes de abrirem os portões monumentais. Sábia e feliz decisão, porque quando fui embora aquilo estava um inferno.

Entrei no caixote do Anhembi, com o qual simpatizo deveras. Um barulho ensurdecedor e um calor dos diabos. Meu convite chegou em casa, enviado pela Nissan. Nunca saberei por que a Nissan foi me enviar um convite.

Ah, 20 mangos para estacionar, um assalto à mão armada.

Mas vamos ao caixote. Entra-se pelo baixo clero. Stands de blindados e tuning. Deprimentes, os blindados. Os caras expõem vidros cheios de tiros. E a turba vibra.

Tuning. Não há nada mais cafona no mundo. Não dá para identificar os carros. Esse aí embaixo, por exemplo: alguém saberia me dizer que cazzo é isso?

Notem: tem um extintor de incêndio cromado do lado de fora. Sei, é nitro. Mas parece um extintor de incêndio. Argh. E os nomes das empresas? Buster, Quantum, Noova, Corzus, Ervous, Big Rodas.

Que coisa mais suburbana… Onde estão meus sais?, diria Veloz HP.

Bem, são carros que não servem para nada. E fazem o maior sucesso. Moleques de bonés virados para trás e cuecas aparecendo por causa de suas calças caindo formam o público majoritário.

(Aliás, tenho uma tese sobre o ocaso do automobilismo no Brasil que tem a ver com tuning. Escreverei sobre o assunto, dia desses.)

Saio da área tuning/blindados/roda de 30 polegadas. Daqui a pouco tem mais.