SÃO PAULO (cobrem, cobrem!) – Recebo mensagem eletrônica do Ministério Público de SP informando que a Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital assinou no dia 16 de outubro um “Termo de Ajustamento de Conduta” para que Interlagos respeite o Estatuto do Torcedor.
Não conheço o Estatuto do Torcedor a fundo, por isso não sei se nele estão incluídos mimos como lanchonetes e banheiros. Mas sei que ele exige, por exemplo, assentos marcados e lugares numerados.
O promotor Ruymar de Lima Nucci diz que os assentos de Interlagos terão de ser numerados para “evitar filas ou a necessidade de se chegar com tanta antecedência ao evento”.
Evidente que quando ele fala em “evento” se refere à F-1, porque as demais corridas de Interlagos são secretas. Eram ainda mais até o advento dos já clássicos farnéis da Superclassic. Mas estes não são um problema. O pessoal chega cedo para beber e comer mais, e ficam todos de pé!
Stock e Truck também terão de se enquadrar. Mas o grande problema mesmo é a F-1. Segue o promotor: “O GP do Brasil de 2007 já está obrigado a cumprir esse termo de compromisso”. A Interpro, vale dizer, assina o termo. É a promotora do GP.
Muito bem. O que vai acontecer? Imagino que os organizadores passarão o ônus para a Prefeitura. Que, como boa cabritinha, temerosa de perder o GP, acatará de cabeça baixa e vai pagar tudo. Correto seria, claro, os promotores se virarem. Interlagos, com as arquibancadas que tem, se presta perfeitamente a qualquer evento que lá acontece. A F-1 é uma exceção, e enfiar 70 mil pessoas no autódromo deveria ser problema de quem organiza e promove a corrida, e não do dono do autódromo, que o aluga para evento de outrém.
Seja como for, espero não pagar a conta, e espero que quem for a Interlagos ano que vem tenha onde sentar, sem precisar madrugar na fila.