SÃO PAULO (nada como sonhar) – Ontem levamos as crianças ao circo. Não ao “Circo do Solé”, como diz o mais novo, mas a um cirquinho em Santo Amaro, pequenino, montado num antigo estacionamento numa ruazinha improvável. Uma lona, uma bilheteria e um carrinho de pipoca.
O Circo Vox foi erguido na raça alguns anos atrás. Gallo, Elena, Tânia e Bia são os quatro artistas. O operador de som e luz, o bilheteiro e o pipoqueiro completam a trupe. Todos sob uma lona azul montada em torno de um ônibus velho, que é também o escritório e o camarim.
Precisa mais? Os artistas têm formação sólida, escolas de circo na Europa, apresentações em vários países. Mas optaram pelo circo de bairro, nada desse mundo fajuto que estamos sendo obrigados a engolir, de grandes produções, raios laser, bombardeio da mídia, a ditadura da estética e da moda que vem estragando o Brasil há anos.
Um espetáculo encantador. Se quiser fazer bem aos seus filhos, leve-os. Se quiser fazer bem a você mesmo, vá.