Blog do Flavio Gomes
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Bus Stop

SÃO PAULO (eu teria um) – Sempre fui doido por esse ônibus. Esse modelo aí, exatamente esse, da Mercedes. Modelo O-362? Seria isso? Bem, na minha cabeça, era o ônibus-caixa-de-uísque. Quando morava no Rio, não eram só os Cometas que me encantavam na Dutra. A Pássaro Marrom e a Expresso Brasileiro, se meus neurônios não […]

SÃO PAULO (eu teria um) – Sempre fui doido por esse ônibus. Esse modelo aí, exatamente esse, da Mercedes. Modelo O-362? Seria isso?

Bem, na minha cabeça, era o ônibus-caixa-de-uísque. Quando morava no Rio, não eram só os Cometas que me encantavam na Dutra. A Pássaro Marrom e a Expresso Brasileiro, se meus neurônios não me traem, faziam a rota com esse carro (adoro chamar ônibus de “carro”; elevadores também, aqui no prédio, antes da reforma, o elevador tinha um aviso para a ascensorista que dizia “tome outro carro”, algo assim).

Meu pai tinha umas garrafas de uísque para os amigos e eu pegava as caixas para fazer ônibus. A proporção é a mesma. Cobria a caixa com papel branco, colado com Tenaz, e com minhas canetinhas Sylvapen (isso existiu ou é fruto da minha imaginação?) desenhava janelas, passageiros, pneus, pára-brisa, motorista, letreiro, o emblema da Mercedes, faróis e placa. E escrevia Pássaro Marrom, ou Expresso Brasileiro nas laterais.

Brinquei muito de ônibus-de-uísque.