Blog do Flavio Gomes
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Posso cancelar de novo?

SÃO PAULO (vergonha nacional) – Marcelo Tas foi paraninfo da minha turma da faculdade quando ele tinha 20 e poucos anos. Era o Ernesto Varela, uma inovação televisiva, anos 80, Olhar Eletrônico, Radar Tantã, Kid Abelha, Titãs, Barão, Cazuza, Lira Paulistana, Rose Bom-Bom. Década perdida o cacete. Tas deve ser um pouco mais velho do […]

SÃO PAULO (vergonha nacional) – Marcelo Tas foi paraninfo da minha turma da faculdade quando ele tinha 20 e poucos anos. Era o Ernesto Varela, uma inovação televisiva, anos 80, Olhar Eletrônico, Radar Tantã, Kid Abelha, Titãs, Barão, Cazuza, Lira Paulistana, Rose Bom-Bom. Década perdida o cacete.

Tas deve ser um pouco mais velho do que eu. É um cara que tem currículo e história na mídia brasileira. Dia desses, não saberei precisar em qual edição, “Veja” o atacou de maneira infame. Suponho que tenha sido na edição que tinha o filho do presidente na capa. A história está no blog do Marcelo. Resumidamente, um quadro na revista “informava” que Tas defende o filho do presidente porque leva grana dele. Como se chegou a essa conclusão? Porque Tas participa de um programa, o “Saca-Rolha”, no antigo Canal 21, agora PlayTV, ou algo assim.

O contrato de Tas é com a Rede Bandeirantes. Ele escreveu para a revista que, claro, não se retratou.

Fui eu quem convidou o Ernesto Varela para ser paraninfo na nossa turma, mas nunca tive contato nenhum com Marcelo Tas. Para dizer a verdade, acompanhando seus escritos recentemente acho até que ele ficou meio chato e ranzinza, mas pode ser que o tenha lido num dia ruim, sei lá. Ele continua sendo, para mim, um ícone da modernidade da mídia.

O que “Veja” fez com o cara, publicando uma mentira e não tendo a dignidade de se retratar, é mais uma das demonstrações semanais de arrogância dessa revista abominável, que envergonha minha profissão. Um amigo que trabalhava lá me encontrou outro dia na TV e contou que, num fechamento qualquer, estava sorrindo e sua editora o proibiu de sorrir. “Em fechamento de ‘Veja’ ninguém pode dar risada”, disse a retardada.

Acho que vou reativar minha assinatura da “Veja”. Só para poder cancelar depois.