Blog do Flavio Gomes
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Tuning e tuning

SÃO PAULO (bom gosto e mau gosto) – Acho que não preciso ser ainda mais claro a respeito do que acho de tuning, uma vez que o assunto veio à tona quinta-feira passada na última coluna Warm Up. (Mas aqui se faz necessária uma pequena explicação. Quem leu meio na pressa acha que atribuí ao […]

SÃO PAULO (bom gosto e mau gosto) – Acho que não preciso ser ainda mais claro a respeito do que acho de tuning, uma vez que o assunto veio à tona quinta-feira passada na última coluna Warm Up.

(Mas aqui se faz necessária uma pequena explicação. Quem leu meio na pressa acha que atribuí ao tuning a crise no automobilismo brasileiro. Não foi isso que quis dizer. Disse apenas que mudou muito a relação jovem-automóvel da década de 60, a de ouro do automobilismo brasileiro, para a que existe hoje. Quatro décadas atrás, a equação era: jovem + carro = performance, que resultava em corridas. Hoje é: jovem + carro = exibicionismo, que resulta em tuning. O tuning, portanto, é resultante — consequência, não causa. Não culpo o tuning de nada, apesar de achar a moda uma babaquice intragável. Acho que agora me fiz entender.)

Mas há tuning e tuning, como diria o filósofo. Essa Kombi que apareceu numa exposição de Fuscas & similares neste fim de semana em Santo André, por exemplo, é uma graça. Olhando bem, o que ela tem de tuning? As rodas. O resto respeita as características originais do carro. A combinação de cores é de bom gosto. Não tem nada pendurado. Não tem caixas de som bombando funk. É uma Kombi que foi respeitada por seu dono.

Fica combinado, então: assim pode. Mais do que isso, eu malho mesmo.


Fotos enviadas pelo Edi, do Mundo VW