Blog do Flavio Gomes
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Carros que eu gosto: Dodge 1800

SÃO PAULO (falta um desses na Superclassic) – Mas é mais do 1800 que do Polara. Nunca curti os faróis retangulares, embora não sejam um crime total. Tem Polara bacana por aí, sim, e eram mais luxuosos e bem acabados que os primeiros 1800. Mas quatro faróis redondos é um negócio muito especial, e esse […]

SÃO PAULO (falta um desses na Superclassic) – Mas é mais do 1800 que do Polara. Nunca curti os faróis retangulares, embora não sejam um crime total. Tem Polara bacana por aí, sim, e eram mais luxuosos e bem acabados que os primeiros 1800.

Mas quatro faróis redondos é um negócio muito especial, e esse branco com teto de vinil (nem lembrava que tinha Dodginho com teto de vinil) que pertence ao blogueiro Rodrigo Moreno, primo do Roberto Moreno, aquele da F-1, é esplêndido.

Apesar de curtir muito os Dodginhos, nunca me esqueço de uma história que um amigo me contou há anos, ele que trabalhara no marketing da Chrysler. Não sei se é verdade, mas vá lá.

Diz que a Chrysler soltou o Dodginho no mercado antes do tempo, para acompanhar a GM e o Chevette. Eram carros que concorriam na mesma faixa de mercado. Assim, o 1800 foi para as lojas sem ser devidamente testado.

Conta meu amigo que toda hora aparecia um 1800 no acostamento da Via Anchieta com o capô aberto, e lá ficava por horas, na frente da fábrica da Chrysler. Segundo ele, eram os concorrentes que davam uma grana para quem tinha Dodginho fazer propaganda contra, estacionando o carro ali e fingindo que estava quebrado, para impressionar (mal) quem passava pela estrada.

Mas, continua ele, os primeiros Dodginhos tinham problemas, mesmo. E um belo dia chega na Chrysler um novinho em folha, num caminhão, e estaciona no pátio. Dentro, um envelope enviado por uma proprietária do Rio, que tinha acabado de adquirir o modelo.

Senhora distinta, conhecida compradora de carros da Chrysler, perdera a paciência depois das primeiras semanas e devolveu o Dodginho com o seguinte bilhete, escrito em bela caligrafia: “Enfiem esse carro no cu”.

Não sei se é verdade, como disse, ma se non è vero, è bene trovato. No mais, não era tão ruim assim. Longe disso. Quem tem (ou teve) que testemunhe aqui.

Ah, e os palavrões são prerrogativa deste que vos escreve. Deixem que a falta de educação se restrinja à minha.