SÃO PAULO (tarde, tarde) – Um herói: Adriano Levandoski de Miranda, 27, viu uma mulher pular no rio Pinheiros com um menino de três anos no colo. Tentava o suicídio. Ele estava atravessando a ponte João Dias. Dois motoqueiros pararam. Ele pediu a moto de um deles para ajudar a mulher, o motoqueiro negou, mas esquecera a chave no contato. Adriano pegou a moto, desceu a ponte na contramão, foi para a margem do rio, mergulhou e salvou a mulher e o menino de três anos.
Sábado foi seu aniversário. Adriano não foi recebido pelo governador, nem pelo prefeito. Foi jantar com a mulher e mais um casal num restaurante de Embu, na Grande SP, onde vive. Ganhou de aniversário um par de sapatos da mãe, Bárbara, faxineira casada com um garçom e churrasqueiro.
Um vilão: Augusto Pinochet morreu domingo, aos 91 anos. Não foi devidamente julgado e condenado. Isso fica para a história. Matou mais de 3 mil pessoas e torturou quase 28 mil numa ditadura sanguinária que durou 17 anos, depois de assassinar Salvador Allende bombardeando o palácio do governo eleito pelo povo chileno. Ainda assim, há quem releve tudo sob o argumento de que Pinochet colocou a ecnonomia do Chile nos eixos. No confronto economia x 3 mil assassinados, estes ficam com a economia e o mercado.
Pano rápido.
Tribo de índios seminoles, dos EUA, comprou o Hard Rock Café. O negócio envolve 124 restaurantes, quatro hotéis, dois hotéis-cassino e 70 mil itens que pertenceram a artistas. Preço: US$ 965 milhões.
Os índios americanos são ricos. Em 1987, o Supremo liberou as tribos para explorarem cassinos e bingos sem autorização de seus Estados. As tribos, hoje, são donas de 350 casas de jogos em 28 Estados. No ano passado, os cassinos dos índios faturaram 44 bilhões de dólares.