SÃO PAULO (já dizia Vinicius) – Tem gente que acha que pego no pé da Stock, que não gosto da Stock, que não vou às corridas da Stock porque sou metido, que tenho inveja da Stock, que desprezo os pilotos da Stock, e sei lá mais o quê.
Para deixar bem claro, sabe o que eu realmente não gosto na Stock? Dos carros. Acho os carros feios. Horríveis.
Essa é minha diferença básica e essencial para a Stock brasileira. Não gosto dos carros. E para quem gosta de carro e não de negócio, como eu, categoria de carro feio e sem graça jamais vai morar no meu coração. Carro precisa ter cara, alma, fãs apaixonados, seguidores, carro que é carro olha para você.
Mas os da Stock são carros sem DNA, sem história, sem antepassados, os faróis são adesivados, eles nunca foram carros, na verdade, nunca passaram por uma linha de produção ou pelas mãos de um operário, são carros que não deixarão legado algum quando forem tirados de cena. Nem barulho de carro de corrida têm. Carros-fantasma, através dos quais não se vê nem o piloto, nem sua pilotagem, seu capacete e suas mãos no volante. São desajeitados, enormes e pesados, pouco sutis e sofisticados, de linhas pobres e design tosco. Uma feiúra generalizada, enfim.
O resto todos os outros defeitos e qualidades não me interessa muito, para dizer a verdade.
Calibra do ITC e Audi 80: bonitos
Bolha fingindo que é um Mitsubishi Lancer: feia
Alfa Romeo 155 e Renault Mégane: bonitos
Bolha fingindo que é um Chevrolet Astra: feia
Honda Civic e Lada Samara: um bonito; o outro, lindo
Bolha fingindo que é um Volkswagen Bora: feia
Lada 2105 e Gazela BMW: um maravilhoso; o outro bonito
Bolha fingindo que é Peugeot 307: mais ou menos
BMW Alpina e Alfa Romeo GTA: bonitos