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Sakhir: Felipe na briga de novo

SÃO PAULO (e ficou bom) – Foi o domingo ideal para Felipe Massa. Aconteceu tudo que ele precisava para se recolocar na briga pelo título e, especialmente, na briga interna da Ferrari para ser o primeiro piloto. Venceu, e Raikkonen ficou em terceiro. A equipe ainda vai levar algum tempo para definir seu número 1. […]

SÃO PAULO (e ficou bom) – Foi o domingo ideal para Felipe Massa. Aconteceu tudo que ele precisava para se recolocar na briga pelo título e, especialmente, na briga interna da Ferrari para ser o primeiro piloto. Venceu, e Raikkonen ficou em terceiro. A equipe ainda vai levar algum tempo para definir seu número 1.

Felipe foi absoluto no Bahrein. Aliás, característica de suas três vitórias na F-1. Em todas, largou na pole e dominou a prova. Foi assim na Turquia e no Brasil, no ano passado. Em resumo: quando larga na pole e consegue pular na frente na largada, Massa apresenta total controle da corrida.

Três provas, três vencedores diferentes, três pilotos empatados na liderança do campeonato com 22 pontos, Massa um pouco mais atrás com 17. É um belo início de Mundial.

Aos já tradicionais pitaquinhos…

– A corrida em si foi sonolenta. Os três primeiros no grid terminaram nas posições em que largaram.

– Alonso fez, talvez, a corrida mais sem graça de sua carreira. Para ser gentil. Porque a palavra certa para definir sua prova é medíocre. Largou em quarto, foi ultrapassado por Heidfeld e terminou em quinto. Não parecia o mesmo piloto que, domingo passado, ganhou na Malásia.

– Heidfeld, por sua vez, chega em quarto pela terceira vez no ano. Fez uma linda ultrapassagem sobre Alonso, mas só vai beliscar um pódio quando pelo menos dois carros dos times de ponta tiverem algum problema.

– Hamilton inscreve seu nome como o mais brilhante estreante da história, com três pódios nas três primeiras corridas. Marca que pode ser ampliada “ad eternum”, porque é um piloto seguro e preciso, que não faz bobagens e tira do equipamento o que ele tem. Quando largar na frente de Alonso, dificilmente chegará atrás. Fernandinho, então, terá de se empenhar bastante nos treinos de classificação.

– Raikkonen foi outro que deu sono de ver. E que estava com sono no pódio, também.

– A Renault teve mais um desempenho paupérrimo, já não há mais o que falar de mais esta ex-grande. Assim como da Honda, que se arrasta lá atrás. Acabou o estoque de piadinhas.

– Deu pena de Coulthard, que largou lá no fundão e estava nos pontos quando quebrou. Deu pena da Williams, que bateu na trave dos pontos e fez uma corrida honesta, com seus dois pilotos mostrando muita garra e combatividade. Deu pena do Davidson, que chegou a andar em sexto (todos tinham feito seus pit stops, ele não), não pontuaria, mas estourou o motor. E depois deu raiva dele, que ficou espalhando óleo pela pista.

– “Hei, nada sobre a Globo desta vez?”. Não, nada. Transmissão correta, mais contida e informativa, o Hamilton conseguiu passar o fim de semana todo sem ser chamado de Robinho e não houve nenhuma histeria pela vitória de Massa. Não interromperam o sinal entre a chegada e o pódio, como costumam fazer, e isso permitiu ver um pouco da alegria de Felipe e todo seu caminho até receber o troféu. Uma boa transmissão, em resumo, modelo para as próximas, tomara.