SÃO PAULO (amém) – Pitaquinhos pós-Barcelona…
– Massa não deu mole para Alonso na largada. Podiam até bater, mas era essencial não dar mole. Porque é assim que se conquista o respeito dos adversários. Ganhou a corrida ali. A partir de agora, qualquer um vai pensar duas vezes antes de uma dividida com Felipe na largada.
– De novo, vitória de Massa a partir da pole. Todas suas quatro foram assim. É a cara da nova F-1. Larga na frente, na frente chega. Por isso, é um campeonato de sábados. Não de domingos.
– Hamilton é líder isolado do campeonato. Ainda não venceu, mas ganhou uma batalha mais difícil que qualquer GP: conquistou o time, apesar da presença sempre forte de Alonso.
– Raikkonen quebrou, foi embora do autódromo e ninguém ligou. A Ferrari achava que ia encontrar um novo Schumacher em Kimi. Não achou. Falta apetite ao finlandês. E se a lógica ferrarista dos últimos anos for mantida, a equipe deve começar a trabalhar para Felipe, agora. Se alguém, em quatro GPs, fez por merecer o status de primeiro piloto, é o brasileiro. Kimi começou bem, na Austrália. E já apagou.
– Apetite que faltou a Alonso na Espanha, também. Ele mostrou fome só nos primeiros metros. Depois, burocraticamente, foi até o fim em terceiro.
– O “lolipop” da BMW estragou a corrida de Heidfeld ao liberá-lo sem que o pneu dianteiro direito estivesse colocado. E é incrível como ele saiu dos boxes, com a roda solta, mesmo com todo mundo vendo a porca da dita cuja nas mãos de um mecânico da… Toyota!
– Seriam Alonso e Raikkonen tudo aquilo que sempre pensamos? Pilotos fora de série, espetaculares, dignos sucessores da linhagem de Senna, Prost, Schumacher? Sei não. Depois dessas quatro primeiras corridas, realmente não sei. E, diante disso, Massa e Hamilton têm mais é de sonhar com o título, mesmo. Se os figurões favoritos antecipados não têm feito nada demais, eles, que eram colocados como coadjuvantes antes do início da temporada, que aproveitem.
– Sato em oitavo, primeiro ponto da Super Aguri: a melhor coisa da corrida, que foi, como sempre acontece em Barcelona, chata demais.