Blog do Flavio Gomes
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Terceirão para o #96

SÃO PAULO (blog em recesso no domingo por motivo de festejos de título) – Saiu melhor que a encomenda este sábado para o valoroso #96. Depois de um começo de dia complicado, ele voltou para casa todo orgulhoso com seu troféu de terceiro lugar debaixo do braço. A quarta etapa da Superclassic foi uma das […]

SÃO PAULO (blog em recesso no domingo por motivo de festejos de título) – Saiu melhor que a encomenda este sábado para o valoroso #96. Depois de um começo de dia complicado, ele voltou para casa todo orgulhoso com seu troféu de terceiro lugar debaixo do braço.

A quarta etapa da Superclassic foi uma das melhores dos últimos tempos, com muitas brigas em três pelotões, alguns toques e carros amassados, mas nenhum incidente grave.

Largaram 27, de longe o maior grid do Paulista, que teve provas melancólicas de Marcas e Força Livre, tão acanhada a quantidade de participantes. Quando falo que estão matando o automobilismo, me chamam de chato…

Mas nós da Superclassic vamos muito bem, obrigado. 27 clássicos não é fácil de juntar em lugar nenhum, e a chegada de novos carros (hoje, um Puma e um Passat) só nos anima cada vez mais, especialmente para a prova de Londrina em julho.

Mas vamos aos fatos. Ricardo Malanga fez a pole com seu Puma verde em 2min02s304, com o Neto Carloni colado nele com 2min02s445. Meu carro, de manhã, estava um desastre. O Nenê Finotti, chefe da minha equipe, estava preocupado com uma roda torta que vem incomodando faz tempo e colocou duas aro 13 atrás, de Chevette.

O carro ficou inguiável. Mesmo assim, fiz algumas voltas de classificação e meu tempo foi de 2min42s716. Uma bomba. Saí do carro e mandei colocar as rodas originais e aumentar a pressão da bomba de combustível, que estava baixa, de novo.

Decidi largar dos boxes outra vez. O Nenê também acabou correndo, com o Chevette do Eduardo Carvalho, que não se sentia muito bem antes da largada. Também partiu dos boxes, assim como o Luciano Simão do Fiat #44.

Tudo tranquilo no começo, mas na segunda volta tomei um susto. Meu acelerador travou na pirambeira do S do Senna e não tive outro jeito senão matar o carro e rodar. O Vinícius Nunes, como sempre, pegou o lance de perto.

Por algum desses milagres da natureza vemaguiana, o bicho não bateu em nada. Deu um 360 e ficou de frente para a pista de novo. Mas o motor morreu. O carro rolou um pouco, consegui colocá-lo na grama fora do traçado e tentei fazer a bagaça funcionar, sem muitas esperanças.

Mas não é que pegou? E lá foi o #96 em sua epopéia solitária. Tínhamos seis carros na D1, por isso meu objetivo era mesmo chegar ao fim para, quem sabe, beliscar um pódio. Como perdi quase um minuto nessa brincadeira, tive trabalho logo de cara para fugir de confusões com o pelotão da frente, que já chegou para me colocar volta. E estava uma briga de foice no escuro entre o Malanga, o Carloni, o Luque, o Magnusson e, um pouco mais atrás, o Gildo, o Adriano, os dois Passats e mais um punhado de Pumas.

Aí, na sétima volta, o Marcelo Giordano do Fiat #147 teve um problema de suspensão e teoricamente “entrei” no pódio. Na D1, lá na frente, Marcelo Lima (Fusca #3) e Renato Giordano (Corcel #14) se pegavam metro a metro, até escapar a roda dianteira do Marcelo no S do Senna. De novo, a câmera do Vinícius flagrou o momento. Lima teve muito sangue-frio e habilidade para evitar um acidente, porque perder uma roda ali não é brincadeira.

Azar de uns, sorte de outros. Subi para quarto e já estava satisfeitíssimo quando a duas voltas do fim o Fusca #72 do Du Lauand quebrou na Junção e o #96 se viu, de repente, em terceiro.

Na última volta, vi um Fiat amarelo pelo retrovisor e achei que era o do Marcelo, que poderia ter voltado à prova sem eu ter notado. Cruzamos a linha quase juntos e, para meu alívio, era o Luciano, que vinha para me colocar mais uma volta. Aliás, começou a andar barbaridade esse Fiat.

Lá na frente, Malanga levou bandeira preta porque não cumpriu um time-penalty. Não sei direito o que aconteceu. E o Luque, com a BMW #53, faturou mais uma, na D3 e na geral, com Cesar Carloni em segundo (Porsche #17), seguido pelo Gildo Antunes (Zé do Caixão #34), pelo Rafael Preto (Chevette #00) e pelo Nenê (Chevette #58) para fechar o pódio da D3.

Na D2, segunda vitória seguida do falastrão Adriano Griecco (Puma #19), que ficou em terceiro na geral e deu uma de Alonso, levantando dois dedos da mão esquerda na comemoração. Na próxima corrida, dou no meio dele. O pódio foi completado por Walter Brunelli (Puma #7), Edson Furrier (Puma #10), João Caldeira (Porsche 356 #46) e Waldevino Júnior (Puma #27).

Na D1, o Renato do Corcel ganhou sua primeira corrida, com o Luciano em segundo, eu em terceiro, Du Lauand em quarto e Antonio Mailho (Fusca #25) em quinto.

Uma boa prova, sem dúvida. Um resultado surpreendente para mim, porque o #96 está com sérios problemas de motor (esse fez a nona corrida seguida, está na hora de abrir e dar um tapa geral) e perde potência a cada prova. Mesmo assim, cravou uma volta bem aceitável em 2min39s150. Já virou em 2min35s, mas isso foi no meio do ano passado.

Arrumei uns pistões 78mm, vamos tentar montar um motor arregaçado para a próxima corrida. Senão, para Londrina.

E, para fechar, não sei como foi o farnel. Estávamos com equipe da TV fazendo matéria e não tive tempo de dar muita atenção ao pessoal, mas vi que muita gente apareceu. O Veloz-HP não foi, mas já mandou um telegrama pedindo para que a volta no Lada, que eu havia prometido diante de seus insistentes pedidos, seja dada na próxima etapa. Claro, sem problemas.

E bye, porque agora entro em concentração total para a final do Paulista!