SÃO PAULO (faíscas por todo lado) – O Alonso vai pirar, coitado… Foi o mais rápido em todos os treinos em Indianápolis, menos no Q3, a superpole. Aí, Hamilton vestiu de novo o espanhol. Fez uma volta excepcional em 1min12s331 e deixou Fernandinho em segundo no grid.
Confirmou-se, de qualquer forma, a superioridade da McLaren, que deve fazer dobradinha amanhã, se tudo correr dentro da normalidade. A Ferrari reagiu frente à BMW Sauber e fez a segunda fila, mas não será páreo para os carros prateados. Felipe, em terceiro, e Kimi, em quarto, vão brigar pelo terceiro troféu do dia.
A destacar a reação da Renault, que começou em Mônaco e vai, aos poucos, aproximando o time campeão do mundo dos ponteiros. Kovalainen fez um bom treino e larga em sexto. Fisichella ficou mais para trás, em décimo.
Vettel em sétimo fez o papel dele, assim como Trulli e Webber, de novo entre os dez primeiros, enquanto seus companheiros se arrastam lá atrás.
Frases soltas na coletiva, começando por Hamilton: “Não esperava fazer a pole, achava que ia ser do Fernando, mas fiz uma volta muito boa no fim e estou muito feliz, por mim e pela equipe”.
Alonso: “Ter sido o mais rápido em todos os treinos me dá muita confiança, e no Q3 há outros fatores envolvidos [insinua estar um pouquinho mais pesado, quem sabe…], estou feliz com o carro e acho que posso fazer uma boa corrida”.
Massa: “Estamos mais perto deles, mas não o suficiente. Melhor que no Canadá, sem dúvida. Terceiro no grid não é um desastre, mas temos de trabalhar mais e lutar até o fim. A idéia é não deixar a peteca cair de jeito nenhum”.
Pitaquinhos:
– Wurz em 17º e Rosberguinho em 14º, e assim o austríaco vai vendo sua vaga, cada vez mais, em risco. O pódio de Montreal lhe deu uma sobrevida, mas foi episódico.
– Button na frente de Barrichello desta vez, mas nada muda na vida de ambos, que continuam comendo o pão que o diabo amassou com esse carro da Honda.
– Calor senegalesco em Indianápolis, 34ºC durante o treino, 55ºC no asfalto em determinados momentos. Não é o normal para a região nessa época do ano. Amanhã, os períodos em que serão usados os pneus macios serão críticos para alguns pilotos.
– A pole em Indianápolis não é fundamental, até porque há um bom tempo de reta até a primeira curva. Mas a regra tem sido, neste ano, o pole vencer. E dá moral, sempre. Por isso, perder a posição de honra para Hamilton vai deixar Alonso sem dormir esta noite. Mais pelo impacto emocional, menos pelo que ela representa, tecnicamente, nessa pista.