SÃO PAULO (se superam…) – Vejam essa, sobre os ingressos para o GP do Brasil. Pela primeira vez, serão numerados. Nada menos do que cumprir a lei, o que já deveria estar sendo feito há muito tempo. Só que o comprador não pode escolher onde quer sentar!
Um amigo, que há dez anos fica no mesmo lugar do setor A, tentou comprar um ingresso para esse local, que considera ótimo para ver a corrida. Recebeu a seguinte resposta dos promotores:
Prezado Sr. Rodrigo,
Os ingressos este ano serão numerados. O sistema de venda apenas emite ingressos em seqüência e não permite a escolha de lugares. O sistema só permite a escolha de setor.
É ridículo demais para ser verdade. É como ir ao teatro, pedir um ingresso para a platéia e receber qualquer um, sem poder olhar o mapa de vendas, os lugares já ocupados, para escolher o que mais lhe agradar.
Um sistema que emite ingressos em sequência quer dizer o quê? Começou por onde? Pelos primeiros degraus da arquibancada? Pelo alto? Pelo lado esquerdo, na diagonal?
Fossem todos os lugares parecidos no que diz respeito à visibilidade, seria compreensível a venda de qualquer jeito. Mas como há evidentes diferenças entre um lugar e outro, de uma ponta para outra, de um degrau para outro, é também evidente que deve ser dada ao comprador a opção de escolha.
Bem, de qualquer forma, duvido que alguém vá respeitar essa numeração. Até onde eu sei, não serão colocadas cadeirinhas nas arquibancadas de alvenaria de Interlagos. E ficarei muito surpreso se o fizerem no setor G. Na modesta opinião deste que vos escreve, essa numeração é fake, apenas para atender à legislação, e vai ser o deus nos acuda de sempre lá dentro, cada um sentando onde quiser, e quem quiser reclamar que procure pelo bispo.
Porque se for para valer, que façam certo. E dêem ao comprador a chance de, pelo menos, decidir onde quer sentar para ver a corrida.