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O desabafo de Jimenez

SÃO PAULO (para pensar) – Apenas reproduzo, para vossos comentários e apreciações, desabafo de Sérgio Jimenez, piloto que perdeu a vaga na Racing, da GP2, para Ernesto Viso. O texto foi passado por sua assessoria de imprensa. A falta de um programa institucionalizado de formação de pilotos no Brasil é um dos fatores que põe […]

SÃO PAULO (para pensar) – Apenas reproduzo, para vossos comentários e apreciações, desabafo de Sérgio Jimenez, piloto que perdeu a vaga na Racing, da GP2, para Ernesto Viso. O texto foi passado por sua assessoria de imprensa.

A falta de um programa institucionalizado de formação de pilotos no Brasil é um dos fatores que põe em xeque o futuro da representatividade do país em categorias top do automobilismo. “Países como França, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Turquia e muitos outros possuem programas de financiamento para carreiras de pilotos de competição. Isso não existe no Brasil, seja com patrocinadores ou com apoio oficial de federações”, exemplifica Jimenez. “Infelizmente os pilotos brasileiros que chegarão à Fórmula 1 nos próximos anos só conseguirão isso exclusivamente por iniciativa própria, já que não há apoio no país para esse tipo de esporte”, sublinha o piloto. “Procure lembrar quantos brasileiros competiam na Europa há seis ou sete anos e veja quantos competem hoje em dia. O automobilismo brasileiro continua brilhante em talento, mas sem iniciativas de apoio não há renovação. Cada um tem que se virar como pode.”, dispara Jimenez, que no kart foi contemporâneo de nomes como Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Robert Kubica e Heikki Kovalainen, todos pilotos titulares na F-1 na atualidade.

Ciente das dificuldades, Jimenez vem enfrentando uma maratona de contatos e negociações no Brasil e na Europa, buscando apoio para voltar ao carro número 15 da Racing Engineering em breve. “Estou nas pistas desde os 10 anos de idade. Isso é o que amo fazer e o que mais quero da vida. Nunca tive vida fácil no automobilismo e vou seguir batalhando para atingir os meus objetivos.”, avisa. Neste final de semana, na França, o piloto brasileiro será substituído pelo venezuelano Ernesto Viso, outro contemporâneo de Jimenez no kart, que está em seu terceiro ano na GP2. Ironicamente, a carreira de Viso sempre foi financiada com forte apoio de empresas de seu país, que o levaram até a condição de piloto de testes na Fórmula 1, função que o venezuelano exerceu pela equipe Spyker justamente no último GP Brasil de Fórmula 1, em outubro de 2006.