SÃO PAULO (e o Brasil…) – O governo da Venezuela fez um acordo com o Irã e vai fabricar carros que serão vendidos a preços bem camaradas. Os dois modelos são baseados em produtos da iraniana Khodro, um sedã médio de R$ 22 mil e um compacto de R$ 16 mil.
Na Venezuela, serão chamados de Centauro (esse da foto) e Turpial. A imprensa internacional trata do tema fazendo chacota, dizendo que é o “carro anti-Bush”.
Seja como for, é fruto de investimento em uma indústria binacional, com participação acionária dos dois governos. A Venezuela sempre comprou carros de fora e agora vai poder fazer alguma coisa em casa.
Alguns países têm suas indústrias nacionais e isso ajuda no controle de saída de divisas. É assim com o Irã, com a Malásia (Proton), com a Índia (Tata) e outros. Não se trata de monopólio, mas de concorrer com as grandes fábricas fazendo produtos de menor custo e desenvolvendo tecnologias próprias e mão-de-obra especializada.
O Brasil, tirando a Gurgel, nunca teve uma fábrica realmente nacional de carros, com capacidade de produção em massa. E nunca vai ter, pelo jeito.
