Blog do Flavio Gomes
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Dedo-duro

SÃO PAULO (e agora?) – Os indícios todos são de que Fernando Alonso não entregou a McLaren porque recebeu a carta de Max Mosley, com medo das ameaças de “sofrer sérias consequências”. Denunciou antes, fez um acordo com o presidente da FIA para elaborar a tal carta (que serviria como álibi para a “delação premiada”) […]

SÃO PAULO (e agora?) – Os indícios todos são de que Fernando Alonso não entregou a McLaren porque recebeu a carta de Max Mosley, com medo das ameaças de “sofrer sérias consequências”. Denunciou antes, fez um acordo com o presidente da FIA para elaborar a tal carta (que serviria como álibi para a “delação premiada”) prometendo isenção de pena para os colaboradores e se armou para… deixar a McLaren.

As provas à disposição da FIA são suficientes para punir a equipe, abrindo uma brecha para Alonso anular seu contrato sem pagar multa rescisória, já que ele não suporta mais a McLaren, e a McLaren não o suporta mais. Fernando quer sair o quanto antes, negocia com Renault e Toyota e já há quem aposte que se a bomba explodir no Conselho Mundial, quinta, o espanhol, já considerado alto traidor, não corre nem na Bélgica.

Está tudo no Grande Prêmio.

Agora, abre-se uma discussão ética, até. Parece claro que a intenção de Alonso é jogar merda no ventilador para sair correndo de um lugar para onde nunca deveria ter ido. Deve se arrepender até o último fio de sobrancelha de ter assinado com a McLaren. Mas não se pode negar, igualmente, que a atitude é corajosa, no sentido de agir em nome da lisura do esporte que pratica.

Ele faria isso se o escândalo não tivesse estourado, e se fosse bem tratado pela nova equipe, se estivesse liderando o campeonato e vivendo num mar de rosas com Hamilton? Duvido muito. Mas é para isso que servem os blogs: discutam o tema, uai!