Blog do Flavio Gomes
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Ladaland (quarta)

SÃO PAULO (de emocionar) – Recebo animado telegrama fonado de famoso blogueiro que, como se sabe, instalou-se na Letônia há muito tempo e redescobriu a felicidade plena no Leste e não pensa em voltar nunca mais. Reproduzo, porque considero que a música alegra a alma. Kamarada Gomes, quão gloriosa é a felicidade vermelha! Depois que […]

SÃO PAULO (de emocionar) – Recebo animado telegrama fonado de famoso blogueiro que, como se sabe, instalou-se na Letônia há muito tempo e redescobriu a felicidade plena no Leste e não pensa em voltar nunca mais. Reproduzo, porque considero que a música alegra a alma.

Kamarada Gomes, quão gloriosa é a felicidade vermelha! Depois que fixamos residência em Riga, só acontecem coisas boas em nossas vidas! A longa permanência neste canto do mundo abençoado por Marx, Lênin e Shevchenko tem nos proporcionado momentos com os quais jamais sonharíamos no decadente Ocidente onde vocês insistem em vegetar. Damo-nos muito bem com a vizinhança e com a juventude, então formamos uma banda no pedaço para gravar um videoclipe de conhecida canção internacional. A idéia era clara: uma resposta àquela infâmia ianque de artistas vendidos a grande gravadoras que diziam que eram o mundo. Ha! Coitados… O resultado, depois de meses de pesquisas de imagens e madrugadas em estúdio (gravamos sempre em horários que não atrapalhassem nossos turnos na fábrica de pincéis da cidade, onde estamos todos empregados depois que larguei o comércio de lama, muito tempo atrás) está aqui! Eu e minha noiva de Vancouver aparecemos na gravação. Pouco, é verdade, porque o povo vem em primeiro lugar. Ela surge com uma amiga a 1min23s, mais ou menos, e eu, o de barba, a 2min05s. Se repararem bem, dou uma piscadinha para a câmera especialmente para cumprimentar os amigos que deixei por aí. Os interessados num DVD podem deixar recados aqui mesmo. Custa 156 rublos, mais as despesas de envio. Atenciosamente, Leandrov Alfonsov.

Notei pelas imagens que estão ambos se divertindo com seus novos amigos e acho difícil, mesmo, que voltem.