Ladaland (quarta)
SÃO PAULO (de emocionar) – Recebo animado telegrama fonado de famoso blogueiro que, como se sabe, instalou-se na Letônia há muito tempo e redescobriu a felicidade plena no Leste e não pensa em voltar nunca mais. Reproduzo, porque considero que a música alegra a alma.
Kamarada Gomes, quão gloriosa é a felicidade vermelha! Depois que fixamos residência em Riga, só acontecem coisas boas em nossas vidas! A longa permanência neste canto do mundo abençoado por Marx, Lênin e Shevchenko tem nos proporcionado momentos com os quais jamais sonharíamos no decadente Ocidente onde vocês insistem em vegetar. Damo-nos muito bem com a vizinhança e com a juventude, então formamos uma banda no pedaço para gravar um videoclipe de conhecida canção internacional. A idéia era clara: uma resposta àquela infâmia ianque de artistas vendidos a grande gravadoras que diziam que eram o mundo. Ha! Coitados… O resultado, depois de meses de pesquisas de imagens e madrugadas em estúdio (gravamos sempre em horários que não atrapalhassem nossos turnos na fábrica de pincéis da cidade, onde estamos todos empregados depois que larguei o comércio de lama, muito tempo atrás) está aqui! Eu e minha noiva de Vancouver aparecemos na gravação. Pouco, é verdade, porque o povo vem em primeiro lugar. Ela surge com uma amiga a 1min23s, mais ou menos, e eu, o de barba, a 2min05s. Se repararem bem, dou uma piscadinha para a câmera especialmente para cumprimentar os amigos que deixei por aí. Os interessados num DVD podem deixar recados aqui mesmo. Custa 156 rublos, mais as despesas de envio. Atenciosamente, Leandrov Alfonsov.
Notei pelas imagens que estão ambos se divertindo com seus novos amigos e acho difícil, mesmo, que voltem.
Aí Reginaldo, valeu pela letra.
ao Veloz HP,
Você conhece o Lemão do Guincho de Limeira?
Ivan,
A bem da verdade, Beethoven ficou surdo no período entre a 5a. sinfonia e a 6a. sinfonia. Foi um hiato de 7 anos o tempo que ele levou para botar em ordem a cabeça.
Grande Ludwig… um dos meus heróis…
Reginaldo,
pois é, tem gosto para tudo. E este caso não sse deve levar a sério. Achei a paródia genial. pelo menos dá para rir. Aquele atentado da Fafá só dá para ficar com raiva.
Putz, essa foi mesmo de matar de rir… coitada da canadense, espero que já esteja refeita do revertério causado por tantas e tantas risadas, certamente depois de um estrondoso “what is this?”, hehehehe…
Santo Deus, até para copiarem eles são sinistros, já tava vendo aparecer o Alf (o ETeimoso) ali pelo meio… aliás, esse clip tá mais para uma versão soviética para “We Are The World”… só faltou um Steve Wondersov…
Haja vodca…
Se quizer conhecer a letra em um caminhão de idiomas, divirta-se:
http://www.prato.linux.it/~lmasetti/can zonicontrolaguerra/canzone.php? id=2003&lang=it#agg1930
Sivestre:
Peguei a tradução na Wikipédia.
Lembre-se que originalmente ela foi composta para o partido Anarquista que, a bem da verdade de anarquista não tem nada, ao contrário. Enfim, polemicas à parte :
De pé, ó vitimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Senhores, patrões, chefes supremos,
Nada esperamos de nenhum!
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair desse antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Crime de rico a lei cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Nós fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais!
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Ela serviu como hino russo até meados da II Grande Guerra, quando o ditador de ( Stalin) lá resolveu mudar de hino.
É isso aí.
Bem amigos da Rede Gomes, boa noite.
Demorei um pouco mais hoje porque estive a socorrer a canadense que passava mal de tanto rir, após assistir a essa infâmia.
Vinda de um país civilizado e de primeiríssimo mundo, não podia acreditar no que via e então, seu sistema digestivo começou a se manifestar em sociedade com o sistema nervoso central & periférico.
Falta de ar, baba salivar, soluços esguelados, palavras incompreencíeis e desconexas, enfim, uma panacéia nervosa que a levou ao banheiro onde está até agora, e ouço ruidos estranhos vindo de lá. A descarga da privada já foi acionada algumas vezes. Algo estranho acontece por lá…
Mas, em relação às hediondas inverdades pronunciadas textualmente pela mídia-vermelha-komunista em conjugação com esse filme de terror classe -Z, tenho a esclarecer que há países em que me parece que uma intervenção militar externa restabeleceria um módico de civilização, entregues que estão à barbárie.
Não acho que haja solução política para quase nenhum dos problemas básicos da humanidade que possa advir da ação consciente dos bem-intencionados. A realidade é que 11 nações dominam 60% dos recursos da Terra e que as 20% mais pobres têm acesso a 2% dos recursos da mesma Terra. Não há marxismo ou reformismo burguês que mude isso. Haverá a barbárie. Nos aproximamos de uma nova era das trevas. O Império Romano de hoje é os EUA, que estão cometendo os mesmos erros deles no passado.
Nos EUA existe liberdade, não existe democracia. A diferença é que numa democracia o governo expressa, teoricamente ao menos, a vontade da maioria do povo. Havendo apenas liberdade, podemos manifestar nossa opinião, o que não significa em absoluto que influa.
Na CCCP ocorreu o pior dos mundos durante décadas, e agora os libertos não sabem o que fazer da sua liberdade. Até para se ser livre tem de se saber o que fazer, pois existe regras na liberdade para não se implantar o kaos e retornar os grilhões.
Esse videoklip da MTV de Riga mostra exatamente o drama que é para quem nasceu algemado a ideologias ufano-pífias e amordaçado pela censura ideológika do terror.
Querendo, agora livres, expressar sua felicidade libertária, tornaram-se meros reprodutores de kafonices neurótikas do seu opressor maior. Agem como índios imitando seus tiranos, e como não tem aquelas regras básicas de se saber ser livre, tornam-se reflexos tragicômicos num espelho quebrado.
No afã de se mostrarem artificialmente felizes, juntaram o que de pior poderia haver na música popular do seu opressor e ainda por cima, ou por baixo, trajando vestes e fazendo trejeitos de décadas atrás.
Ao contrário da lenda, o fim do século retrasado foi um momento de esplendor na história, que melhor se vê nas pinturas, arquitetura e música. Havia muito dinheiro e muito mau gosto, mas também muito estilo, chique e gênio. Imaginem um mundo coabitado por Debussy, Ravel, Wagner, Degas, Renoir e Monet. O que temos hoje, no nosso início de século, que se compare ? Nem dá para responder.
A mim me parece que hoje só há extremos. Nunca se leu tanto e nunca houve gente tão informada. Ao mesmo tempo, nunca houve gente tão ignorante. Nunca houve tanta riqueza, e nunca houve tanta pobreza.
Esse videozinho aí, mostra tudo isso e mais um pouco. Mas para se enxergar nas entre-imagens, há que se ter aquilo que o Millor tão bem definiu como “estofo desde o berço”.
Millor tem gênio, e se não escrevesse numa língua de periferia, (não falei linguagem de periferia, certo ?) seria considerado um dos melhores humoristas do mundo.
Portanto, esse filmezinho nos provou que a Rússia unificada com seus satélites é dificil de conceber que não seja governada tiranicamente. E a imensa maioria de camponeses torna improvável que qualquer política central modernizadora vingue a médio prazo no país.
Brasil, kuidado, não vire uma Rússia.
A luta kontinua, a luta kontinua…
Gomes, podia traduzir pra gente
Pô Ivan, foi mal.
Confundi os dois mestres. Ainda bem que minha mulher não leu meu post , senão ia buzinar uma semana na minha orelha,
Obrigado pela advertencia.
Prestarei mais ateñção na próxima.
Mesmo confundindo, mantenho o que escrevi…
Eita versão chinfrim…
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Lastimável a adaptação. O hino da USSR é fabuloso de fazer tremer o chão, e estes caras fizeram uma baladinha chimfrim à lá pop star.
Gosto da batalha do camarada Leandrov, mas nesta ele mandou mal demais!
PS: Quem ficou surdo foi Beethoven, pouco antes de compôr a 9ª sinfonia.
1- prefiro o Jimmy (que não era o Clark) tocando o hino americano , com a guitarra distorcida. Muito mais tocante.
2- O verdadeiro hino russo deveria ser (pela letra e temática) Money for nothing, do Dire Straits. Muito mais objetivo e certeiro (e dançante também).
Pra quem não conhece a versão oficial segue o link, quebradinho
http://www.youtube.com/watch?v=RXOLUrIXqxw&mode=related&search=
Uma pena que não praticam o que cantam.
Virgo,:
música, politica, religião e futebol, cada um tem um gosto e eu respeito todos.
Mas que avacalharam o hino russo , avacalharam.
Tentaram uma “super produção” de estúdio e não ficou legal.
A Fafá, cantou “a capela” um estilo pessoal. Há quem adore. Eu particularmente gosto, mas não me enpolgo.
Determinadas músicas, ou hinos, devem ficar como foram criadas afim de preservar o “espírito” de quando foram compostas.
Mesmo que a versão fique mais modernoza e palatável aos novos tempos.
Os meninos e meninas russas, literalmente avacalharam com um dos (poucos) símbolos da Terra deles.
Aquela quina de Zés Pilintras então, putz !!! uma lástima.
Que ironia!!. Eu DETESTO comunistas e estou defendendo o hino deles…
Está tudo virando de pernas pro ar…. :-))))))))). Abração
a temporada de Veloz-HP na Letônia está demais! (isso tudo ainda vira livro? ) No roteiro ainda falta a Estônia !
Mestre Brands, eu e você concordamos. O majestoso hino da USSR ficou um thesão nessa versão, apesar de alguns interpretes terem visivelmente feito uma brincadeira na apresentação. Cada povo exorciza seus fantasmas como pode. Os solos instrumentais estão muito bons. . Eu gostei pra K7. Quem entende de música, se não curtir o estilo pelo menos reconhece que fizeram um bom trabalho no que se propuseram a fazer.
Eu tenho um contato em Moscou, e pelo papo dele dá pra notar que os russos sentem falta do tempo em que eram respeitados e temidos mundo afora. Um pouco desse clima transparece no clip. E quem não sacou, preste atenção.
Agora, Vê se existe algo assim parecido com nosso hino, a não ser aquela medonha versão da Fafá de Belém que me dá dor de barriga toda vez que ouço.
Pois é Brandão, até em música não concordamos integralmente.
Que versão mais chinfrim de um hino interessante. A cabrita gemendo junto com a canadiana é rizível. Enfim uma lástimosa tentativa de aburguezar e ocidentalizar os princípios da Mãe Rússia. Melhor seria se mantivessem o estilo militar/cossaco, ao menos havia ‘postura’. Deram literalmente com os burros n’água. É tão evidente a tentativa de imitação do estilo ocidental, nas roupas, cabelos, riffs das guitarras, da bateria, e a mistura dos vários estilos dos cantantes que , sei não, ficou uma bela melda o pacote. O maestro deve ter sido formado por correspondencia e talvez tenha imaginado que, sendo surdo como Chopin, poderia realizar uma grande obra. Não compraria o CD nem por “dois real” no camelô da esquina.
Abração novamente e que esse dia seja especialmente feliz…
flavio,continue com a saga do lendrov alfonsov,e tbem com a serie”depois foi trabalhar na honda”.bom demais,parabens!
UAU!
Gostei da versão do Hino.
Quando as pessoas amadurecerem enxergaraão a verdade do sistema que foi aplacado pela ganância e pela egoísta necessidade da desigualdade do nosso pobre sistema ocidental.
FG, a esposa kanadiana é a loira ou a morena com voz de Tetê Espíndola?