Blog do Flavio Gomes
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O dia em que Monza ficou prata

SÃO PAULO (com autoridade) – Alonso viveu tecnicamente seu melhor fim de semana do ano em Monza. Por tudo que cercou sua equipe nos últimos dias, teve a capacidade de abstrair os problemas para acelerar do início ao fim. Fez pole, melhor volta e venceu. Em cinco corridas, desde o GP da França, quando Hamilton […]

SÃO PAULO (com autoridade) – Alonso viveu tecnicamente seu melhor fim de semana do ano em Monza. Por tudo que cercou sua equipe nos últimos dias, teve a capacidade de abstrair os problemas para acelerar do início ao fim. Fez pole, melhor volta e venceu.

Em cinco corridas, desde o GP da França, quando Hamilton abriu a maior diferença na pontuação para o companheiro (14), o espanhol descontou 11. Agora são três a separar os dois da McLaren, faltando quatro corridas para o fim do campeonato.

Mantenho minha aposta em Alonso, feita em dezembro do ano passado, quando ele apareceu de macacão branco para treinar com a equipe pela primeira vez.

Agora, os pitaquinhos de Monza…

– Hamilton deu duas demonstrações de habilidade e combatividade na prova, artigos raros hoje em dia: na largada, ao perder a posição para Massa e recuperá-la antes de dar tempo ao brasileiro de comemorar; e depois da segunda parada, ao passar Raikkonen na primeira chicane sem dar tempo ao finlandês de saber o que estava acontecendo.

– O que houve no carro de Felipe? Algo na traseira, pelas primeiras informações, mas ainda não se sabe ao certo. Aguardemos as explicações.

– Raikkonen é um banana? Às vezes, acho que sim. A estratégia da Ferrari para ele era ótima. Mas a verdade é que depois da parada o carro perdeu muito rendimento com os pneus duros. E ele estava com o pescoço dolorido da pancada do sábado. Aí, foi atropelado por Hamilton. Pelas atenuantes, desta vez passa…

– Bela prova de Button. Fazer um ponto com a Honda é uma façanha e tanto. Travou bons duelos, resistiu a Rosberg um tempão, fez a nona melhor volta da prova… Mereceu, enfim.

– O drama da Honda, falando nisso: nas maiores velocidades da corrida, Kubica passou na reta dos boxes a 351,7 km/h. Foi o mais veloz. Barrichello, o mais lento, registrou 341,2 km/h.

– O choro de Ron Dennis ao final da prova foi comovente. O cara está sofrendo como ninguém. Longe de ser o sujeito mais simpático do mundo, é alguém que fez da F-1 sua vida. Essa história toda está machucando o ex-mecânico que construiu um império. Tão grande que saiu de seu controle.

– Alonso mal cumprimentou Hamilton ao sair do carro. E mal olhou para Ron Dennis no caminho para o pódio. Não sei quanto tempo alguém suporta viver numa situação dessas.

– A Renault não anunciou seus pilotos. Está esperando Alonso.

– “…push Charlie…”, alguém falou a Trulli pelo rádio. Sorte do narrador que no momento em que se elaborava sofisticada teoria sobre “Charlie” Massa abandonou… E o tema caiu no esquecimento antes que descobríssemos qual era o… bem, o “botão Charlie”.

– Dois que merecem destaque também: Heidfeld e Kubica. O alemão conseguiu terminar em quarto pela quinta vez no ano. O polonês, que teve problemas num pit stop, não tomou conhecimento de Rosberguinho no fim. E Rosberguinho foi bem, também. Muito boa essa nova geração.

– Fisichella, Ralf, Trulli, Coulthard, Barrichello e Wurz, em compensação, precisam repensar suas vidas. De todos, e sem patriotada, o único que ainda tem alguma desculpa é Rubens. Mesmo assim, segue levando de Button.