SÃO PAULO (dos meus, só um) – O blogueiro Bruno Mello informa: o teto solar está completando 70 anos! Claro que a informação não vai alterar a cotação do euro, mas adoro essas efemérides aparentemente inúteis. Por isso que minha mulher às vezes me chama de “Google-Gomes”, porque sou cheio de dar informações inúteis.
Dia desses, num churrasco, contei aos presentes, para espanto da maioria, que a ignição do Lada fica na mão esquerda. Essa informação, isoladamente, não espantou ninguém, na verdade. “Igual ao Porsche”, acrescentei, o que despertou um pouco mais a atenção dos comensais e bebensais. E quando expliquei por que os Porsches têm a chave no lado esquerdo, aí as pessoas ficaram sinceramente espantadas. Saíram do churrasco mais bem-informadas do que entraram. E mais bem alimentadas, também.
Depois, para florear a informação, contei que um dia fui a um restaurante chique e o manobrista não achava o contato do Lada. Tive de orientá-lo. “É como no Porsche”, avisei. E o cara encontrou, porque já tinha manobrado Porsches. Nunca um Lada.
Essa história faz algum sucesso em churrascos, e de vez em quando eu mudo um pouco as versões.
Mas voltemos ao teto solar. Teria hífen? Teto-solar. OK, com hífen. O primeiro carro equipado com a bossa foi esse Mercedes aí embaixo. Reproduzo, com ligeiros cortes, bom press-release assinado por Eduardo Sanches, da g9 Comunicações. Sem hífens.
Fiat Idea, GM Vectra, Fiat Stilo, Peugeot 206 Moonlight, Fiat Punto, Peugeot 307… O consumidor brasileiro pode, hoje em dia, entrar numa concessionária e sair dirigindo um carro equipado de fábrica com um teto solar de última geração. Mas não foi sempre assim. Foi apenas em 1937, há 70 anos, que saiu da linha de montagem o primeiro carro equipado por uma montadora com teto solar: um Mercedes-Benz 170V. No Brasil, o primeiro carro a sair de fábrica com o recurso foi o Fusca, em 1965.
Este primeiro teto solar, em 1937, foi produzido pela Webasto, multinacional alemã que é líder mundial neste segmento. O teto solar do Mercedes-Benz 170V era feito de lona, tecnologia que continuou a ser utilizada até os anos 60, quando foi substituída pela chapa de aço.
Nos anos 90, o produto sofreu uma grande reformulação, aumentando suas dimensões e ganhando comando elétrico para abertura e fechamento e uma grande área envidraçada. Outra novidade recente, em alguns modelos, é a troca do vidro pelo policarbonato.
Líder mundial no segmento de tetos solares, a Webasto produz, anualmente, no mundo todo, cerca de 5 milhões de unidades do produto para atender montadoras e o mercado de aftermarket. Mais informações pelo site www.tetosolar.net ou pelo telefone 0800-7037476.
Caramba, tem até site sobre teto-solar. É que o release é da empresa fabricante. Dado o crédito. Quanto ao Fusca mencionado, é o famoso “Cornowagen”, apelido que fez os proprietários, na época, taparem o buraco porque não queriam ser chamados de chifrudos. Carrinho raro, o Fusca 1965 com teto-solar. Meu pai teve um. Vendeu por causa da história do “Cornowagen”. Abria com uma manivela. A VW tirou de linha.
