Blog do Flavio Gomes
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Gira mondo, gira (segunda)

SÃO PAULO (eu, hein?) – Outro dia falaram que o Jackson Five poderia voltar, faria um show, com Michael Jackson e tudo. Hoje aparecem fotos do cara fazendo compras em Las Vegas. Viximaria. Parece um monstro. E está mais branco do que eu. Eu gostava do Jackson Five. Tem um monte de vídeos deles no […]

SÃO PAULO (eu, hein?) – Outro dia falaram que o Jackson Five poderia voltar, faria um show, com Michael Jackson e tudo. Hoje aparecem fotos do cara fazendo compras em Las Vegas. Viximaria. Parece um monstro. E está mais branco do que eu.

Eu gostava do Jackson Five. Tem um monte de vídeos deles no YouTube. Pesquei este aqui por acaso.

Mas isso não tem muita importância.

Importante é a manchete da “Folha” de ontem, domingo: 20 milhões de brasileiros migraram das classes D e E para a classe C nos últimos cinco anos.

Como é só para assinantes, reproduzo os primeiros parágrafos do texto assinado por Fernando Canzian:

Nos últimos cinco anos e com forte aceleração a partir de meados de 2006, cerca de 20 milhões de brasileiros com mais de 16 anos migraram para a classe C. Eles vieram, em sua grande maioria, da classe D/E.

Nos três primeiros anos e seis meses de governo Lula (janeiro de 2003 a junho de 2006), apenas 6 milhões de pessoas fizeram essa transição. Já nos últimos 17 meses (julho de 2006 a novembro passado), que coincidem com um período de recuperação mais robusta da economia, a travessia da classe D/E para a C envolveu cerca de 14 milhões de brasileiros.

Se isso não é resultado, depois alguém me conte o que é.

Seguindo…

A morte de Ryan Gracie continua dando o que falar. Pincei declaração de seu pai ao Último Segundo:

O pai de Ryan, Róbson Gracie, criticou o poder público. “Se o laudo aponta que meu filho usou cocaína, crack e maconha, isso é prova que ele precisava de socorro. E o poder público? Por que não levou o menino para o hospital?”, questionou. “Nós vencemos o mundo inteiro. Em qualquer lugar, somos valorizados, aqui somos os escárnios”.

Com todo o respeito, e lamento profundamente a morte do rapaz, como qualquer morte deve ser lamentada, essa família Gracie tem um único propósito na vida: distribuir porradas a torto e direito. E se o rapaz fumava maconha, usava crack e cocaína, não era o poder público que tinha de cuidar dele, mas sua família.

Valentões profissionais, os Gracie podem até ser reverenciados “no mundo inteiro”. Mas não vejo grande valor no que fazem. Há quem goste, porém. Eu, particularmente, acho esse negócio de ensinar os outros a darem porrada em todo mundo uma babaquice monumental. Talvez a morte de Ryan leve o resto da família a repensar o que tem feito nesses anos todos. É um negócio triste demais.

A foto abaixo, de Stephanie Sinclair, foi considerada a melhor do ano pela Unicef. É de uma menina de 11 anos que se casou com um afegão de 40. Acabei de ler “O Afegão”, de Frederick Forsyth. Adoro os livros do Frederick Forsyth, mas nenhum se iguala a “O Dia do Chacal”.

Esse é demais. A foto, sinceramente, não tem nada demais.