SÃO PAULO (hoje volta o “Limite” na ESPN) – O “Gira Mondo” era para ser um resumo das coisas importantes que aconteceram no dia. Mas acontece tanta coisa, e escapa tanta coisa, que dá uma certa agonia manter esta seção no ar.
Mas vamos insistir!
No fim de semana, por exemplo, fez aniversário a morte de Elis Regina. A maior cantora que o Brasil já teve e que jamais terá. Registre-se. E ouça-se: “Como nossos pais” e “O bêbado e a equilibrista”. Se a música do mundo inteiro se resumisse a essas duas, estava bom.
Ontem o mercado despencou. Hoje, o Fed cortou os juros e o mercado subiu. Onde fica o mercado? É pergunta que ninguém do mercado jamais conseguiu me responder.
Como sempre, caguei para o mercado.
Saiu a lista dos candidatos ao Oscar. Nenhum brasileiro. Sacanagem, porque “O ano em que meus pais saíram de férias” merecia. Os acadêmicos da academia não devem ter entendido o filme.
Falando em cinema, fui ver “A vida dos outros”. Comovente, maravilhoso. Fica indicado. Uma das minhas resoluções de ano novo é ir ao cinema uma vez por semana. Por enquanto estou cumprindo, semana passada fui. Nesta, ainda não. Mas faltam quatro dias para acabar a semana. Irei.
Aqui nas nossas vidas, não na dos outros, o prefeito avisa que a faixa para motoqueiros que experimentaram na 23 de Maio não será mantida. Um cara disse no rádio que os motoboys ficavam zoando os motoristas de carros ontem, porque eles andavam e o trânsito estava parado. Acho que é mentira. Não tenho raiva de motoboy, como a maioria dos paulistanos. Os paulistanos esquecem que os motoboys só existem porque eles, paulistanos, têm pressa. Motoboy não tem pressa. Tem apenas que trabalhar.