Blog do Flavio Gomes
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SÃO PAULO (neva hoje?) – Recebo mensagem gastronômica de famoso blogueiro que, ao que parece, está atuando agora no ramo de fast-food. Kamarada Gomes, como vai? Como você e seus amigos sabem, há anos vivemos no Uzbequistão, terra boa e tranquila, onde nos dedicamos ao cultivo de pimenta em pó. Sempre apostamos nessa especiaria, que […]

SÃO PAULO (neva hoje?) – Recebo mensagem gastronômica de famoso blogueiro que, ao que parece, está atuando agora no ramo de fast-food.

Kamarada Gomes, como vai? Como você e seus amigos sabem, há anos vivemos no Uzbequistão, terra boa e tranquila, onde nos dedicamos ao cultivo de pimenta em pó. Sempre apostamos nessa especiaria, que fez fortunas na Índia e no Paquistão há cinco séculos, e nossas famílias, minha e de minha noiva canadiana, são descendentes diretas dos monarcas dos reinos das pimentas. Semana passada, depois de muito esforço e labuta, fechamos um contrato com famosa rede de sanduíches de isopor, Pato Donald’s, algo assim, e vendemos quatro bilhões de saquinhos de nossa nova grife pimenteira. Cada saquinho contém 10 gramas do pó, mas nossas máquinas são programadas para colocar apenas 9 gramas em cada envelope. Como ninguém vai perceber, ganharemos quatro bilhões de gramas de pimenta nessa operação, que enviaremos ao Quênia na forma de “ajuda humanitária”. A causa é boa. Afinal, diz o ditado, pimenta no saquinho dos outros é refresco. Um abraço e, precisando de temperos, é só avisar. Leandrov Alfonsov.

De fato, o histórico da pimenta me leva a crer que o negócio é bom.