Blog do Flavio Gomes
DKW & cia.

20 anos

SÃO PAULO (parabéns, rapaz) – Hoje faz exatamente 20 anos que começou minha aventura com DKWs. Foi em 19 de fevereiro de 1988 que comprei do Sérgio Berezovsky, meu colega de “Placar”, meu primeiro Belcar. Um 1962 verde com capota branca, placas AE 1998 de Porto Alegre, o carro que levou minha mulher à igreja […]

SÃO PAULO (parabéns, rapaz) – Hoje faz exatamente 20 anos que começou minha aventura com DKWs. Foi em 19 de fevereiro de 1988 que comprei do Sérgio Berezovsky, meu colega de “Placar”, meu primeiro Belcar. Um 1962 verde com capota branca, placas AE 1998 de Porto Alegre, o carro que levou minha mulher à igreja no nosso casamento dois anos e meio depois, o carro no qual dei minhas primeiras voltas em Interlagos (circuito antigo, claro), o carrinho que mais alegrias me deu em toda a vida.

Resiste bravamente inteirinho, jamais restaurado, funcionando sempre a qualquer chamado. Basta um cheirinho de gasolina no carburador, uma palavra de carinho, e seu motor gira barulhento, como sempre foi, valente, não nega fogo nunca.

Tenho dezenas de histórias para contar com ele e sobre ele. A dona que quis comprar porque tinha passado a lua-de-mel num igualzinho, a fumaceira na saída do motel esperando para pagar a conta, a corrida de manhã e o casamento de um amigo à noite, o cabo do acelerador que quebrou levando outra noiva (foram três casamentos e apenas uma quebra; boa média), a primeira viagem, o Santana que bateu na traseira…

E os dias de corrida, então! Sexta à noite lá ia o Salomão para casa, fazia a bolota do número com um balde sobre o papel Contact, cedinho no dia seguinte íamos ao cara do escapamento colocar o cano de lado, chegávamos a Interlagos e lá ia o Salomão arrancar os pára-choques, e depois para o meio da Ferradura para me mandar acelerar a bagaça…

Duas décadas de amor incondicional plenamente correspondido. Um carrinho com quem falo e ele escuta.

Adoro meu DKW.