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A DROGA DA STOCK

SÃO PAULO (em silêncio) – Renato Russo disse a Érica Akie Hideshima, de “O Estado de S.Paulo”: “Acho que também tinha de ter antidoping. Desde o ano passado, o Dino Altman (médico da Stock) insiste, mas a Confederação nada faz. Não sei como é o desempenho para melhor porque não uso essas substâncias, mas para […]

SÃO PAULO (em silêncio) – Renato Russo disse a Érica Akie Hideshima, de “O Estado de S.Paulo”:

“Acho que também tinha de ter antidoping. Desde o ano passado, o Dino Altman (médico da Stock) insiste, mas a Confederação nada faz. Não sei como é o desempenho para melhor porque não uso essas substâncias, mas para pior é que o cara perde totalmente os reflexos — e aí saem as porradas perigosas. Depois falam que perderam controle, que houve falha do carro. Tem piloto que bebe uísque antes da largada. Tem gente que fuma maconha, que cheira…E faz tempo.”

Depois, desdisse. Veio com uma nota oficial esfarrapada dizendo que se referia às corridas de antigamente. Chegou de sua assessoria o seguinte texto:

“Em relação ao que falei sobre pilotos que bebem ou usam drogas, minha declaração foi abrangente e não está direcionada somente à Stock Car. A preocupação com o uso de substâncias ilegais é internacional (…). Eu jamais faria declarações que pudessem prejudicar a categoria que me recebe como profissional e de onde eu tiro o meu sustento.”

E mais, do texto da assessoria do piloto:

“Nas corridas mais antigas, que tinham caráter festivo e bem menos profissional que hoje, era comum ouvir histórias sobre pilotos que bebiam ou usavam drogas. A situação melhorou muito desde então, mas ainda é preciso reduzir as chances de isto acontecer, por meio do exame antidoping.”

Bem, antes de mais nada, Renato Russo prova ser um bunda-mole. Falou, meninão, assuma. Não venha querer limpar a barra depois. É patético. “Jamais falaria mal da Stock”, diz, como que implorando perdão.

Patético, um bundão.

Isso posto, vamos às reações da CBA e da Stock, por meio da Vicar, sua organizadora. Todos se dizem estarrecidos e chocados. E “vão estar encaminhando” as denúncias aos tribunais esportivos.

Bundões, também. A CBA nunca fez antidoping. A CBA não faz nada. Agora vem se dizer preocupada. A Vicar, idem. Vem agora dizer que o antidoping está no regulamento. Já estava, e nunca foi feito.

Bundões e patéticos.

Se fosse o automobilismo brasileiro feito por gente séria, a CBA e a Vicar convocariam, hoje mesmo, os 250 mil pilotos da Stock A, B, C, Júnior, Sênior e Pré-mirim para colher material no primeiro laboratório que abrisse as portas pela manhã. Xixi e fiozinho de cabelo. Com isso se sabe se o cidadão consumiu alguma droga nos três meses anteriores.

E se tem neguinho que consumiu, cana nele, gancho, eliminação.

Mas que nada… O denunciante é um banana, volta atrás, se caga de medo. E o resto abafa.

São uns ridículos. Todos.