Não sei bem como começar.
Nosso amigo Leandro, o Veloz-HP, nos deixou. Foi encontrado morto na segunda-feira em sua casa. Soube agora há pouco, por uma mensagem aqui no blog deixada por um colega dele. Telefonei, ele confirmou. Liguei para sua irmã, tarde da noite, e ela confirmou.
Leandro não saiu de casa na manhã de segunda para trabalhar, o jornal ficou na porta, o funcionário do condomínio achou estranha a quebra de rotina, ligou para a irmã, que foi até lá. Ele foi encontrado na cama, sem sinais de qualquer sofrimento. Os médicos disseram que morreu enquanto dormia. Coração. Foi enterrado no Cemitério da Paz, no Morumbi, ontem, terça.
Leandrov Alfonsov, nosso amigo Veloz-HP, com quem conversávamos todos os dias aqui, parávamos para ouvir o que tinha a dizer, ríamos de seu mau-humor, bebíamos de sua fonte inesgotável de conhecimento, com quem compartilhávamos sua paixão pelas motos e pelas corridas…
Leandrov Alfonsov, personagem que deu origem a uma das nossas maiores diversões diárias, o “Ladaland”, uma brincadeira que rendeu grandes lições de nosso amigo Veloz-HP, com seu discurso sempre inflamado e firme, erudito e popular, cômico e sério, mas sempre carregado de uma ternura que só quem o conheceu podia detectar.
Ao Veloz-HP devemos, todos nós, incontáveis momentos de alegria e reflexão. Leandro foi um dos blogueiros que saiu do mundo virtual para surgir em Interlagos em carne e osso montado na sua motocicleta, com sua infalível jaqueta de couro da Honda e um sorriso estampado no rosto, sempre pronto a ouvir e a contar seus casos intermináveis. Generoso, companheiro, feliz de encontrar os seus no Templo.
Não sei como terminar. Talvez dizendo apenas, meu kamarada Veloz, que a luta kontinua, a luta kontinua.
Mas não hoje, amigão.
Veloz, Sidney Cardoso e Ceregatti em Interlagos, 2006. Guardemos na memória seu sorriso, sua história e suas histórias. Fica em paz, amigo.
