Blog do Flavio Gomes
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el cordobés (10)

CÓRDOBA (preciso dormir!) – Passo pela tenda de Gigi Galli, o italiano que tem a pilotagem mais exuberante do atual lote de pilotos do WRC. Como na vizinha Citroën, todos trabalhando feito loucos. O mesmo no outro Focus do time oficial, de Jari-Matti Latvala. Os dois chegaram sem pára-choques traseiros. Um pouco mais adiante, chego […]

CÓRDOBA (preciso dormir!) – Passo pela tenda de Gigi Galli, o italiano que tem a pilotagem mais exuberante do atual lote de pilotos do WRC. Como na vizinha Citroën, todos trabalhando feito loucos. O mesmo no outro Focus do time oficial, de Jari-Matti Latvala. Os dois chegaram sem pára-choques traseiros.

Um pouco mais adiante, chego à minha equipe. O pessoal está animado. Solberg fechou a manhã em terceiro, acho, não muito longe de Loeb. Tem mais gente lá do que diante das tendas da Citroën. Ao contrário dos Focus, os dois Imprezas chegaram ao Parque de Serviços razoavelmente intactos. O público vibra quando Solberg sai do carro, feliz com o desempenho. Toma um café e conversa com seus engenheiros. Os mecânicos ligam o motor. O povo delira.

Chris Atkinson, seu companheiro, também vai bem. Mas os “mecas” têm um pouco mais de trabalho com seu carro. Mexem muito na parte traseira. Os dois pilotos se reúnem com David Richards. Que conheço dos tempos de BAR e Benetton. Sempre foi um sujeito afável. Entende de corridas como poucos. A Honda virou a porcaria que é depois que ele deixou a BAR. Amanhã pretendo conversar com ele sobre a Prodrive. Não precisei marcar com nenhum assessor de imprensa. Disse que passaria na tenda no sábado, ele falou que será um prazer.

Aos poucos, todos os carros vão sendo liberados para retomar a estrada. Saem um a um, os navegadores abrem seus livros de rotas, indicam os caminhos e lá vão eles procurar o mato e a lama de novo.

De noite, todos se encontram ao lado do estádio de Córdoba para a primeira “Superprime” do fim de semana. É uma prova contra o relógio disputada num circuito improvisado, de 1,780 km, estreito e cheio de barro. Arquibancadas são montadas, enchem de gente desde o fim da tarde, a velocidade não é muito grande, mas o show é garantido.

Na espera, servem sanduíche de mortadela na tenda que Pirelli, Iveco, Personal (empresa de telefonia celular) e uma marca de roupas, todas patrocinadoras da etapa argentina do WRC, compartilham para receber seus convidados. Nenhum grande requinte. Tem empanadas, também, vinho, cerveja e fernet com Coca-Cola. Só dois aparelhos de TV e uma arquibancadinha atrás da barraca de cronometragem. Depois de duas horas, tudo terminou. Os carros, de faróis acesos, voltam pela estrada ao Parque de Serviço.

O dia acabou. Daqui a pouco começa de novo. Por isso, é de bom tom deitar. Hasta!