SÃO PAULO (como assim?) – Nunca vou entender direito essas fusões, aquisições, compras, vendas e liquidações. Mas o fato é que ontem a Porsche aprovou a compra da VW e vai assumir o controle acionário do filhote de Ferdinand Porsche que cresceu muito mais e se tornou uma gigante mundial.
Mas a VW estava à venda? Não exatamente. Mas tem ações disponíveis no mercado (ah, onde fica esse mercado?), e a Porsche vai lá comprar o que faltava para lhe dar mais de 50% de participação. Acho que é isso.
Mas a VW quer que a Porsche mande nela? Sei lá. A VW tinha acabado de comprar a Scania, e já é dona de Audi, Bentley, Bugatti, Lamborghini, Skoda e Seat. Se acabou de comprar a Scania, como pode ser vendida para a Porsche? Se não queria ter seu comando nas mãos da Porsche, por que ela mesma não comprou suas ações? E onde é que a Porsche arrumou tanta grana? Vendendo Cayenne? Será possível?
Nunca vou entender essas coisas, mas não faz mal. Afinal, Porsche e VW não são exatamente estranhas uma à outra. E o que aconteceu ontem na Alemanha foi apenas a tradução, para o mercado, do que era o 914, o Porsche-VW que embalou sonhos e mais sonhos nos anos 60 e 70, uma época em que a gente olhava o emblema na grade e sabia quem tinha feito o carro.
Hoje, sei lá. Sou incapaz de olhar um Lamborghini sem dar uma risadinha quando lembro que ele é feito pela mesma empresa que fabrica o Cross Fox. Alguma coisa está errada.
