A história de Hamed é destaque hoje em alguns jornais dos EUA e em sites especializados. A NBA consultou o departamento de imigração dos EUA e foi alertada de que “uma decisão federal proíbe que qualquer pessoa ou empresa contrate cidadãos iranianos para trabalhar no país”. É isso que a entidade informou a suas 30 equipes em carta enviada na última sexta-feira, quando vieram à tona as notícias de que “dois ou três times”, de acordo com o agente de Hamed, estariam interessados em levá-lo para a América. Do Norte.
Hamed pode assinar com qualquer time da NBA porque quatro anos atrás participou do draft, o processo de escolha de novatos antes do início de cada temporada, e não foi selecionado por nenhuma equipe. De lá para cá as relações entre EUA e Irã ficaram mais tensas, porque os americanos passaram a não gostar mais de turbantes, tapetes e chá. Por isso, iranianos em geral deixaram de ser bem-vindos na terra prometida.
O Irã não é propriamente uma potência no basquete. Perdeu as quatro partidas que disputou em Pequim: 49 x 71 diante da Rússia, 67 x 99 contra a Lituânia, 68 x 106 para a Austrália e 82 x 97 da Argentina, no seu melhor jogo. Mesmo assim, Hamed , que tem 23 anos, se destacou. E disse que sonha em jogar na NBA, com os melhores do mundo.
Pelo jeito, vai ficar sonhando.